Basa anuncia 50 milhões para financiamentos da cadeia da pesca na Rondônia Rural Show

O Banco iniciou também um estudo de viabilidade técnica para financiamentos de todas as etapas da cadeia da produção de peixe em sistema de manejo.

Publicada em 25 de May de 2015 às 11:05:00

 

3 - despesca

Projetos e propostas de investimentos serão recebidos pelo Basa durante a feira

A Superintendência Regional do Banco da Amazônia anunciou segunda-feira (18) que disponibilizará cerca de R$ 50 milhões do Fundo Constitucional do Norte (FNO) para financiar projetos e propostas de investimentos e custeio específicos da cadeia da pesca durante a 4ª Feira de Agronegócios Rondônia Rural Show.

O Banco iniciou também um estudo de viabilidade técnica para financiamentos de todas as etapas da cadeia da produção de peixe em sistema de manejo, a partir das novas tendências do agronegócio.

Os recursos financiarão os produtores por meio de três linhas básicas de crédito do FNO. Uma pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf A – para investimentos na agricultura familiar e outros empreendimentos, com taxas de juros de até 2% ao ano e prazo de 12 anos para pagar, tendo três de carência, e anual no caso de financiamento para custeio.

As outras duas são o FNO “Mais Alimento” e “Amazônia Sustentável” para financiar empreendimentos chamados de não familiares, com taxas de 4,5% para projetos de investimentos e 6,5% para custeio.

O superintendente do Basa, Edmar Souza Bernaldino, disse que quando o financiamento é associado à investimento e custeio prevalece a taxa menor de 4,5%.

PISCICULTURA

O programa de incentivo à piscicultura, criado pelo Governo do Estado, é executado em parceria pela Seagri com a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), Ministério da Pesca e Aquicultura, Sebrae, Idaron, sindicatos, cooperativas e prefeituras dos municípios.

Edmar Souza Bernaldino, superintendente do Basa: expectativa de bons negócios na Feira.

Edmar Souza Bernaldino, superintendente do Basa: expectativa de bons negócios na Feira.

Para aumentar a produção – de 12 mil toneladas por ano para cerca de 80 mil no decorrer de 2015 -, o programa ajudou o produtor na construção de tanques, na facilitação do licenciamento ambiental de projetos e a abertura de novos mercados, além da assinatura de convênios com instituições de fomento e mercado.

Com as parcerias, de acordo com estudos da Seagri, tornou-se possível a realização de várias rodadas de negócios com a presença de empresários de outras regiões do país, melhoramento genético do tambaqui e atrair indústrias de processamento para o Estado. A coordenadoria do programa estima que a produção alcance até 2018 cerca de 250 mil toneladas.

Mais de 4 mil piscicultores foram licenciados pela Sedam nos últimos anos, que atuam numa área com aproximadamente 238 mil quilômetros quadrados de área. As estatísticas do governo também mostram que são 3.250 propriedades licenciadas, sendo que 80% se dedicam à produção de pintado, pirarucu, jatuarana e tambaqui.

Bernaldino explicou que a meta para este ano é focar principalmente no incentivo à piscicultura, pois há inclusive alguns contratos que o Banco pretende assinar durante a Feira. Mas não é só a piscicultura que o Basa financia, há ainda a pecuária leiteira, parte da cadeia em formação de grãos, em especial na aquisição de máquinas e equipamentos por créditos bancários. Insumos agropecuários como ração, arame e tudo o que estiver dentro do ramo do agronegócio também são financiados pelo Basa.


Fonte
Texto: Abdoral Cardoso
Fotos: Daiane Mendonça