Polícia Civil desmonta organização criminosa que agia nos presídios de Rondônia e prende 98 pessoas

A operação foi denominada Último Comando, que significa que a última palavra é a do estado e a obrigação do estado é prender criminosos, segundo o delegado Pedro Mancebo, diretor geral da Polícia Civil.

Publicada em 29 de June de 2015 às 15:59:00

Cúpula da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania apresenta resultados da operação

Uma força tarefa liderada pela Delegacia de Repressão a Ações Criminosas e Organizadas (Draco), da Polícia Civil de Rondônia, desencadeou, nesta segunda-feira (29), uma ação para desarticular uma organização criminosa que agia a partir dos presídios estaduais. O grupo planejava atentados contra profissionais da segurança pública, incêndio a ônibus, e atuava no contrabando de armas, tráfico de drogas e roubos. No total, foram cumpridas 98 ordens de prisão. Restam outras 17 para serem executadas.

A operação foi denominada Último Comando, que significa que a última palavra é a do estado e a obrigação do estado é prender criminosos, segundo o delegado Pedro Mancebo, diretor geral da Polícia Civil.

As investigações iniciaram há quatro meses e envolvem esforços da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), Secretaria do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Exército, Aeronáutica, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), além da Polícia Civil e Polícia Militar.

PRESÍDIOS

Segundo o secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdc), delegado Antônio dos Reis, cada um dos envolvidos já foi qualificado e responderá por seus crimes, mas as investigações prosseguem e é possível que sejam responsabilizados por outros atos criminosos. “Estas pessoas estavam utilizando presídios como seus quartéis-generais. Era de dentro das unidades penais que organizavam as ações delituosas”, afirmou.

Antônio Reis: a organização tinha estrutura montada nos presídios do estado

Antônio Reis: a organização tinha estrutura montada nos presídios do estado

O diretor geral da Polícia Civil, Pedro Mancebo, admitiu que as investigações que serão realizadas a partir de agora poderão resultar em novas prisões. “Esta organização se articulou para planejar e executar crimes diversos. A intervenção do estado, neste caso, evitou que as intenções deles fossem concretizadas e, com isto, teremos menos furtos, roubos e tráfico de drogas”, acrescentou.

A maioria dos presos já cumpria pena em unidades penais do estado. Apenas 18 estavam em liberdade, Destes, 11 estavam em Porto Velho e os demais no interior.

A operação mobilizou 27 equipes com 60 policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE), que atua nos presídios.

Com os suspeitos foram apreendidas seis armas diversas, um colete balístico, três carros, uma motocicleta, 1,5 quilo de cocaína, 56 quilos de maconha, balanças de precisão, um rádio HT, com o qual os suspeitos acompanhavam as informações trocadas entre policiais, além de instrumentos que seriam utilizados em roubos a banco.

Em Porto Velho, os policiais revistaram 23 celas no presídio Urso Branco, 10 celas do presídio Urso Panda, quatro celas no presídio Pandinha, duas celas no presídio Ênio Pinheiro e duas celas na Colônia Penal.


Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Bruno Corsino