Cassol fala da Transposição, viadutos, processos, sucessão e sua atuação no Senado

Cassol afirmou que, bem diferente do que o governador Confúcio Moura anuncia, a efetivação da Transposição não irá garantir benefícios diretos ao funcionalismo.

Publicada em 08/03/2013 às 05:45:00

AssessoriaO senador Ivo Cassol foi entrevistado ao vivo pela jornalista Ivonete Gomes nesta quinta-feira (7) no RONDONIAGORATV pela internet e no canal 38 da televisão aberta em Porto Velho, onde abordou questões que dizem respeito aos rondonienses: a transposição dos servidores para o quadro federal, a situação das Brs que cortam o estado, os viadutos inacabados de Porto Velho e Pimenta Bueno, os processos que responde na Justiça e a sucessão estadual, entre outros.

Cassol afirmou que, bem diferente do que o governador Confúcio Moura anuncia, a efetivação da Transposição não irá garantir benefícios diretos ao funcionalismo que permanecer e muito menos irá assegurar uma economia de recursos ao Estado. Cassol disse que há ainda uma pegadinha no projeto aprovado na Câmara: quem irá arcar os custos dos servidores na época da aposentadoria. Não há clareza sobre esse assunto e segundo ele, a própria presidente Dilma afirmou que seria difícil a União bancar.

Cassol faz outra revelação: entre 90 a 98% dos funcionários aptos a Transposição irão se aposentar em breve, o que obrigar o Estado a fazer milhares de contratações para repor esses servidores. Cassol lembra que o projeto de Lei não trata de encargos sociais e a aposentadoria do funcionalismo será alta. O déficit do Iperon é da ordem de R$ 3 bilhões. “É mais uma conversa pra boi dormir essa história de economia, de que os servidores atuais serão beneficiados. Teria economia se a Transposição fosse feita há três anos atrás, agora não vai adiantar praticamente nada”, destacou o senador.

Questionado por internautas ao vivo sobre diversos assuntos, mereceram destaque a péssima situação das BRs, esburacadas como sempre, e sem obras de duplicação. Cassol respondeu que o DNIT, responsável pelas obras, afirmou em reunião com a bancada na semana passada que irá abrir processo licitatório de recuperação da BR que liga Porto Velho a Guajará-Mirim e que nos demais trechos já licitados as empreiteiras responsáveis pelas obras serão cobradas a acelerar os serviços. As pontes que ligam Guajará a Guayará (na Bolívia) e a que liga Porto Velho a Rio Branco (no Acre) também serão licitadas no próximo mês, segundo o DNIT.

Ao ser questionado por um telespectador sobre o último processo aberto pelo Ministério Público Estadual contra sua pessoa, pedindo bloqueio de R$ 5 milhões de seus bens e contas bancárias, Cassol afirmou que ficou sabendo do processo pela imprensa, e que não tem nada a ver com o caso, uma vez que na época em que se deu o fato, entre setembro e dezembro de 2010, já não era mais o governador do estado, pois renunciou em 31 de março daquele ano para estar apto a concorrer a uma vaga no Senado Federal.O senador se declarou inocente e que mais uma vez vai recorrer contra o pedido do MP.

Elogiado pela sua atuação frente ao Governo do Estado pela grande maioria dos internautas que participaram do programa, Cassol foi questionado sobre a atuação da atual administração e a sucessão estadual em 2014. O senador reafirmou atua no Senado em favor de Rondônia, independente de cor partidária, e que tem percorrido “os 4 cantos do estado de Rondônia” conversando com a população, mas que observa com muita preocupação a situação econômica e a maneira com que o estado está sendo administrado. “O problema é falta de pulso, de gestão para administrar. Perdem-se recursos, projetos e obras por falta de iniciativa. Pedir empréstimos, por exemplo, é um péssimo sinal de administração”, disse Cassol.

O senador finalizou agradecendo a oportunidade e por ter sido tão bem lembrado pelos internautas que participaram, muitos afirmando que “eram felizes e não sabiam”, ao citar os rumos político-administrativos que o estado vem tomando ultimamente.