Comissão de Segurança Pública ouve servidora demitida do Detran

Segundo o presidente da comissão, órgão desrespeitou parecer da PGE e demitiu servidora sem ampla defesa..

Geovani Berno Foto: Lusângela França
Publicada em 12 de setembro de 2017 às 13:26
Comissão de Segurança Pública ouve servidora demitida do Detran

A Comissão de Segurança Pública (CSP), presidida pelo deputado Jesuíno Boabaid (PMN), ouviu na reunião desta terça-feira (12) a ex-servidora do Detran Rondônia, Edicléia Barbosa Pereira de Souza, que segundo processo instaurado, não recomendava sua demissão e acabou sendo exonerada juntamente com outros servidores.

Sobre o seu trabalho, Edicléia falou que era gestora de 13 contratos dentro do Detran/RO, como chefe de serviços gerais, tais como limpeza, ar-condicionado, carimbos.

Falou que eram gestores do órgão Airton Gurgacz, diretor geral; o coronel Carvalho, diretor adjunto, e o diretor financeiro, senhor Dionísio. Ela foi aprovada em concurso em 2009, e afirmou que assumiu o cargo por competência técnica e que nunca houve ligação política com ninguém. “Venho da iniciativa privada e sempre fiz meu trabalho com tranquilidade, sem malícia”, argumentou.

Edicléia relatou que com a Operação Termópilas mudou toda a direção “e voltei a trabalhar na diretoria financeira. Quando saí, os contratos de que eu cuidava ficaram parados”. Falou do empresário Miguel Saúde que foi envolvido na Operação e que este senhor reclamava do rapaz, que ficou gestando os contratos que travava os pagamentos.

A ex-servidora Edicléia, afirmou que sua exoneração se deu por acusação de facilitação dos pagamentos e que seu trabalho era analisar as notas, certificar a realização dos serviços, encaminhar ao financeiro para o pagamento e que nesse processo foram demitidas cinco pessoas.

Boabaid disse que o Estado pode rever todos seus atos. Relatou que no processo a Procuradoria Geral do Estado recomendava rever a pena de demissão para uma mais branda e reintegração e mesmo assim o Detran aplicou a sanção mais severa que foi a demissão.

O parlamentar destacou que o processo se encontra, hoje, na Sesdec sob a responsabilidade do coronel Lioberto Caetano para revisão. Boabaid disse que vai combater toda e qualquer injustiça e espera que o processo seja revisto com isenção.

O deputado Jesuíno pediu para convidar para depoimento junto à comissão todos os demais demitidos que constam no processo e os gestores da época citados pela depoente, para entender o processo de demissão, que a seu ver, é injusto, pois contrariou até a recomendação da PGE.

Participaram também da reunião os deputados Dr. Neidson (PMN)  e Anderson do Singeperon (PV).

Comentários

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    WASHINGTON ARAUJO DA SILVA 13/09/2017

    Aconteceu algo parecido comigo, envolvendo uma prefeitura do Estado de Rondônia. A diferença que no meu caso, o ato de demissão foi tão absurdo e ilegal, que sequer houve abertura de PAD ou Sindicância para apurar eventual infração funcional, se fosse o caso. Não tive direito de defesa. E, o mais grave, eu estava em férias no momento da demissão. O processo está na justiça do trabalho desde 1993. l

  • 2
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    O GUARDIÃO 12/09/2017

    NÃO SEI QUAL O MILAGRE DE TEREM DEMITIDO UMA DAS LOIRAS BONITAS DO DETRAN. COISA RARA NAQUELA AUTARQUIA.

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Winz

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