Corte presta homenagem póstuma ao desembargador Cássio

Enquanto o funeral do ex-presidente do TJRO biênio 2010/2011 ocorria em Minas Gerais, seus colegas abriram um espaço nas atividades cotidianas para prestar a homenagem ao magistrado, que durante 31 anos se dedicou à instituição...

Publicada em 21 de fevereiro de 2017 às 09:37:00

A sessão do Pleno do Tribunal de Justiça de Rondônia dessa segunda-feira, dia 20 de fevereiro, foi marcada por emoção e homenagens. Todos os desembargadores presentes e ainda o representante do Ministério Público se manifestaram consternados sobre o falecimento do desembargador Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes, ocorrido no domingo, em Juiz de Fora.

Enquanto o funeral do ex-presidente do TJRO biênio 2010/2011 ocorria em Minas Gerais, seus colegas abriram um espaço nas atividades cotidianas para prestar a homenagem ao magistrado, que durante 31 anos se dedicou à instituição, e, sobretudo, aos cidadãos rondonienses sedentos de Justiça.

O presidente do TJRO, Sansão Saldanha, declarou aberta a sessão judiciária já mencionando a notícia que abalou o meio, e em seguida passou a palavra ao decano do Tribunal, o desembargador Eurico Montenegro, que imediatamente resgatou o histórico do primeiro concurso para juízes, no qual Cássio foi aprovado, junto com outros dois jovens juízes, hoje também desembargadores, Valter de Oliveira e Renato Mimessi. "Andei por todas as comarcas com Cássio e pude conferir de perto sua firmeza e conhecimento nas decisões, sobretudo na área penal", finalizou o decano.

"Era uma pessoa que buscava incessantemente realizar justiça sempre de uma maneira muito transparente e clara", destacou Mimessi, valores também ressaltados por Valter de Oliveira. "Na câmara criminal sempre deu votos bem fundamentados e com censo de Justiça muito agudo", pontuou.

Para o desembargador Roosevelt Queiroz, que o sucedeu na presidência do TJRO, Cássio foi um homem "destemido", que enfrentou a doença com dignidade e por isso descansa em paz, mesma opinião do desembargador Rowilson Teixeira e o juiz Adolfo Naujorks. Ambos evocaram a espiritualidade como conforto para a perda.

O conterrâneo Walter Waltenberg lembrou episódios da mocidade, época em que foi aluno do pai de Cássio, o procurador Raimundo Guedes. "O que é essencial sobrevive, é daí que tiramos o conforto para enfrentar essa perda", disse. Recordou ainda sua simplicidade, a característica que considera mais marcante no saudoso desembargador.

Marcos Alaor Diniz Grangeia, que foi vice no mesmo biênio em que Cássio foi presidente do TJRO, destacou a fidelidade do desembargador às suas convicções. Aproveitou ainda para transmitir a mensagem do irmão do desembargador, o promotor Cleverson Sbarzi Guedes, que agradeceu a todos pelas mensagens de pesar.

Miguel Mônico destacou a sinceridade e lealdade do magistrado, reforçando as condolências aos familiares, sobretudo as filhas Ludmila e Vanessa, a esposa Aída e a mãe Iracema. "É lamentável a perda para o TJ de uma pessoa ainda tão jovem e com tanto ainda a oferecer a todos". finalizou.

A integridade do magistrado foi destacada por Raduan Miguel Filho, assim como sua sensibilidade como pessoa e como juiz. Para comprovar relembrou o episódio em que Cássio recebeu uma estatueta em homenagem aos ex-presidentes da Ameron - Associação dos Magistrados de Rondônia e ficou muito tocado.

Alexandre Miguel resgatou a autenticidade do magistrado, que quebrava protocolos e ritos em nome da afetividade e acesso à Justiça. "Como pessoa afável, tranquila que era, se tornou conhecido em vários estados. Muitas associações enviaram ontem suas condolências, demonstrando o quanto era respeitado também fora do estado".

Daniel Ribeiro Lagos reconheceu sua dedicação ao tribunal. "Aqui em Rondônia ele nos cedeu a parte mais profícua de sua vida, integrando a galeria de grandes magistrados que compõem a fibra deste Poder". Posição compartilhada pelo desembargador Gilberto Barbosa e Oudivanil Marins, que ainda se solidarizaram com os familiares.

O desembargador Isaias mencionou a inteligência e jovialidade do desembargador, que tinha uma faceta aventureira, era um dos fundadores do Jeep Clube de Porto Velho.

Valdecir Castellar Citon, que assumiu seu lugar na Câmara Criminal após a sua aposentadoria, advertiu que nunca teve a pretensão de substituí-lo, pois "cada pessoa é única. Espero poder continuar honrando a dignidade com que o Cássio exerceu sua função nesta mesma Câmara", disse.

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Hiram Marques, lembrou da admiração que a classe dos advogados sempre teve pelo magistrado completo, íntegro e, sobretudo, acessível que ele foi, sem perder sua independência.

José Jorge Ribeiro da Luz, emocionado, lembrou de momentos compartilhados, seja na rotina de trabalho ou nas relações pessoais como membros do Jeep Clube ou no futebol da Associação de Magistrados. "Marquei com ele de encontrá-lo sexta-feira, mas ele não me esperou".

A procuradora do Ministério Público, Vera Lúcia Paixão, sinalizou para o impacto que o passamento de Cássio causou junto aos membros do MP. "Um magistrado muito respeitado por todos, mesmo entre os mais novos membros".

Para finalizar, o presidente do TJRO, desembargador Sansão Saldanha, recordou as boas-vindas que recebeu quando chegou à comarca de Vilhena, sendo recepcionado de braços abertos por Cássio. "Com certeza seu espírito será recebido também de braços abertos, pois a bondade era um traço de sua personalidade". Acrescentou que sessão de homenagem será registrada em ata e informados aos familiares.

Clique aqui para ver o vídeo produzido pelo Comunicação do TJRO em ocasião da aposentadoria do desembargador Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes.

Assessoria de Comunicação Institucional