Desistir, jamais!

Valdemir Caldas

Publicada em 22 de December de 2014 às 10:02:00

Termópilas, Apocalipses, Plateias, Lumus, Ludus e Zaqueu. Esses são nomes de algumas operações desencadeadas pelas policias Federal e Civil e pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, em conjunto com Tribunais de Contas da União e dos Estados, Controladoria-geral da União, dentre outros órgãos.

Quem, dentre as pessoas de bem deste País, não vibrou, num primeiro momento, com essas (e outras) ações e as consequentes prisões de autoridades, secretários e ex-secretários de Estado, empresários, políticos, prefeitos e servidores públicos, embora amaioria da opinião pública, já desconfiada com os desfechos de outras operações, não acredite em punição severa aos eventuais pilhadores do erário.

E não é sem motivo. Decorridos alguns dias, um a um, os acusados começam a deixar as cadeias, causando revolta e desconfiança no seio da população, especialmente daqueles segmentos mais desavisados quanto aos procedimentos jurídicos e os prazos estabelecidos em lei.

Isso porque, para o homem comum, o cidadão decente e cumpridor de suas obrigações, que vive com o suor do próprio rosto (apesar das dificuldades impostas por uma política econômica desumana e cruel, que massacra as classes menos aquinhoadas), lugar de criminoso deveria ser sempre atrás das grades, e não desfrutando, com familiares e apaniguados, o que surrupiou da sociedade.

Isso, evidentemente, seria natural se vivêssemos num estado democrático de direito, fundado num sistema equânime de leis e não em pessoas que delas acabam se servindo, dependendo, é claro, de sua posição na pirâmide social.

Verdadeiramente,quanto mais alto for o posto e mais recheada a conta bancária do acusado, ele só conhecerá os benefícios da lei, enquanto o cidadão de segunda classe, quando cai em desgraça, a lei é aplicada com todo o seu rigor.

Mas há, à semelhança do colunista, osque ainda não perderam a fé e a esperança de que um dia o Brasil será uma nação menos injusta e menos desigual, pois a justiça, alguém já disse, é “uma das características de Deus. Ele se alegra com o justo e abomina a injustiça”.

Lembremo-nos, pois, da parábola que Jesus contou para seus discípulos, em Lucas 18, mostrando que devemos ter fé, lutar e nunca desistir diante das adversidades.