Dia de Campo apresenta vantagens do milho para reassentados

Moradores dos reassentamentos Riacho Azul, São Domingos e Santa Rita, em Porto Velho, participaram de Dia de Campo do Milho.

Publicada em 18/03/2013 às 13:51:00

Rondônia - Moradores dos reassentamentos Riacho Azul, São Domingos e Santa Rita, em Porto Velho, participaram de Dia de Campo do Milho. O evento teve por objetivos orientar e incentivar a diversificar da produção, através do cultivo do milho nos reassentamentos. O evento foi promovido pela Emater em parceria com a Santo Antônio Energia, Faculdades Integradas Aparício Carvalho (Fimca) e empresa Agromotores.

Atualmente na região de Riacho Azul e São Domingos, a preferência é pelo cultivo da mandioca, enquanto que em Santa Rita também predominam culturas como: banana e abacaxi, sendo a olericultura a mais produzida. Entretanto, como forma de diversificar a propriedade e aumentar a renda dos reassentados, os extensionistas da Emater iniciaram um trabalho, em dezembro do ano passado, implantando unidades demonstrativas do milho em cada reassentamento, com o objetivo de testar e avaliar o cultivo do cereal naquele solo.

Segundo informações do extensionista Janderson Dalazen, da Emater, a análise apontou o sucesso da produção. “Concluímos que, com o uso de calcário e adubos, o solo do reassentamento tem produtividade semelhante ao de outras regiões tradicionais no plantio do milho como a do Cone Sul e da Zona da Mata, ambas em Rondônia”, explicou Dalazen.

A opção pelo milho como cultura alternativa deve-se a estudos que demonstraram ser essa cultura um alimento completo, utilizado tanto para a alimentação humana quanto na ração animal. “Para a agricultura familiar o milho é a base necessária para o dia a dia na alimentação animal”, enfatiza o extensionista.

Investimento e lucro
Para realização dessas e outras ações a Santo Antônio Energia fornece insumos agrícolas como: sementes, calcário, adubo e defensivos agrícolas para os reassentamentos. Em 2011 a concessionária entregou também, tratores e implementos agrícolas para as associações dos reassentamentos rurais. Essas ações estão inseridas no Programa de Apoio para a Reorganização das Atividades Produtivas nos reassentamentos.

Durante o dia de campo foram apresentados também, os custos para a produção do milho que sai em média a 3.500 reais o hectare. Com o auxílio da Emater e do Consórcio Santo Antônio Energia, esse custo cai para 1.500 reais/hectare. Dalazem explica que apesar de ser um pouco alto, o investimento compensa, principalmente se o reassentado comercializar o milho verde. “Enquanto o milho em grão apresenta em média, um lucro de 300 reais/hectare, com a comercialização do milho verde esse lucro pode chegar a 7.000 reais por hectare”.

Além da divulgação dos bons resultados do plantio do milho na unidade demonstrativa, durante o Dia de Campo os extensionistas orientaram sobre as tecnologias de produção e o manejo das pragas. As mais de 120 pessoas participantes dos dois eventos, um no Riacho Azul e outro no Santa Rita, viram de perto os sistemas de irrigação, silagem e aprenderam a preparar derivados do milho que também foram degustados.

Animado com os bons resultados da unidade demonstrativa, Paulo Sergio Fernandes (59 anos), reassentado em São Domingos, plantou um hectare de milho em seu lote. “Fiz um plantio experimental e a colheita foi positiva. Agora, quero fazer um novo plantio para poder vender o milho para supermercados a partir de agosto, durante a entressafra”.

Valor agregado

Paralelamente aos Dias de Campo foi realizada uma oficina de confecção de alimentos derivados do milho. O objetivo era mostrar aos reassentados a variedade de produtos existentes que, além de oferecer pratos apetitosos podem agregar valores ao produto e, consequentemente aumentar a renda da família.

Durante a oficina foram confeccionados bolo de milho doce e salgado, polenta, creme de milho, farofa de milho, curau e galinha caipira com milho. Os produtos confeccionados foram oferecidos aos participantes durante o café da manhã, almoço e lanche da tarde.

Texto: Wania Ressutti – Assessoria Emater

Fonte: DECOM - Departamento de Comunicação Social