Educadores de Ouro Preto vão fazer a greve no local de trabalho

Alguns servidores da educação estadual reclamam de promessas de campanha de Confúcio Moura que não foram cumpridas.

Publicada em 10/02/2012 às 10:36:00


Caso deflagrem a greve semana que vem, os servidores da região de Ouro Preto não decidiram na Assembleia quando vão retornar as atividades.

Como forma de obterem credibilidade com a população para justificarem a greve deflagrada, os trabalhadores da educação estadual em Ouro Preto decidiram que, caso paralisem a partir da próxima terça-feira, permanecerão no seu posto no horário de trabalho.

A professora Makcilene Rosa de Souza, da Escola Aurélio Buarque, ao citar exemplo dos grevistas do Banco do Brasil e da CAIXA, foi quem conclamou a classe para permanecer no local de trabalho: — Não somos uma aglomeração de pessoas. Somos uma categoria e temos que ter postura quando decidimos, somos uma classe organizada e desejamos obter respeito da sociedade.

Caso deflagrem a greve semana que vem, os servidores da região de Ouro Preto não decidiram na Assembleia quando vão retornar as atividades.

Alguns servidores da educação estadual reclamam de promessas de campanha de Confúcio Moura que não foram cumpridas, e afirmaram que o aumento sobre a gratificação não significa muito para aqueles que ganham pouco, sobretudo aos cujo vencimento não chega a 1 salário mínimo.

Um técnico de nível I, da Escola Joaquim de Lima Avelino, por exemplo, explicou como será o seu aumento. “Minha gratificação é de 90 reais e esses 20% em cima vai somar R$ 18 reais. Como eu ganho abaixo de um salário, já não estou conseguindo pagar a faculdade que aumenta as mensalidades todos os anos”, queixou-se M. no caso de professores que ganham R$ 130,00 de gratificação o aumento proposto seria de R$ 26,00.

A professora Érica Cristina foi outra que discursou a favor do piso salarial nacional e lamentou a contraproposta divulgada pelo Sintero. “Na campanha ele (Confúcio) dizia que ia fazer a reposição salarial e hoje oferece 6.50% da correção da inflação”, cobrou.

Por Edmilson Rodrigues / Gazeta Central