Em Linhas Gerais

Gessi Taborda

Publicada em 05 de May de 2015 às 10:36:00

A situação é de calamidade com os serviços parando, até nas unidades de saúde e na área de segurança, não há dinheiro para nada

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PARA PENSAR

“A definição da mentira é transformar a utilidade em verdade. O império da política é, portanto, o império da mentira”. José Ortega Gasset.

PERGUNTINHA SOCRÁTICA

Até quando nosso meritório Judiciário vai permitir que um petista condenado como o ex-prefeito de Porto Velho continue nas ruas como homem acima de qualquer suspeita? E ele já engendrando táticas para voltar a se candidatar no próximo ano. Por que gente dessa laia não vai prá cadeia nem depois de encher a capital de elefantes brancos onde se enfiou dinheiro público às carradas ? A perguntinha socrática fica no ar...

RIDÍCULOS

É como se fosse uma sina na vida de Rondônia. Enquanto o prefeito da capital anuncia bombasticamente que decretou a caducidade do contrato permitindo os operadores atuais do transporte público municipal e, em consequência disso, anunciou uma (pasmem!) uma solução “Emergencial” para substituir os empresários que, por décadas, estão dando as cartas nesse segmento; o Estado tem índices ridículos de saneamento, embora a estatal Caerd tem uma folha de pagamento extraordinária, sem resolver anos de descaso daquilo que deveria ser sua obrigação.
Convenhamos: há algo mais ridículo do que sermos comandados por pessoas que vivem perdidos nas intempéries políticas.

CALAMIDADE

Se a “Oposição” rondoniense não fosse tão comportada, se o governo não conseguisse a blindagem junto aos chamados jornalões e redes televisivas, a população iria conhecer a verdadeira situação do estado que bizarramente é comandado por um governador cassado por condenação da Justiça Eleitoral.
A crise rondoniense nesse momento não tem similar com nenhum outro estado. A situação é de calamidade com os serviços parando, até nas unidades de saúde e na área de segurança, não há dinheiro para nada.

ANDORINHA SÓ
Pode parecer incrível, mas apenas o deputado José Hermínio desmonta o círculo de proteção em favor do governo, denunciando inclusive que até para pagar fornecedores passou a ser praxe a cobrança de 50% de propina em cima da fatura vencida.
Por que os demais deputados fingem que não veem a crise em que se debate o estado? Parecem estar naquela de cuidar de si mesmo e dos seus interesses pessoais. A esperança está nas ações que o Ministério Público e dos conselheiros do TCE.

PATÉTICAS

Por que por aqui sempre é assim e, como sempre, não acontece nada! Dezenas de milhões foram pelo ralo nas m* de obras (literalmente) de ex-prefeitos no orla do rio Madeira (coisas batizadas como Terminal Pesqueiro, Feira do Produtor, Praça da EFMM e outras baboseiras do mesmo tipo) e todo mundo tira o seu da reta. Restam apenas os pedidos de desculpa (quando acontecem) e todo mundo fica flanando numa boa! Ora, vá à m* com as desculpas. Ah, o que se quer mesmo é o dinheiro de volta aos cofres públicos e punição exemplar para TODOS os envolvidos, inclusive políticos. Ora, ora...

ABANDONADA

Quem vem a Porto Velho pela primeira vez leva um susto. Fica com a impressão de ter chegado a uma cidade abandonada pelo poder público municipal. São ruas tomadas por matos, entulhos, buracos por todos os lados. E as praças centrais são exemplos de descaso da prefeitura com o urbanismo e qualidade de vida dos moradores da capital.
Eleito como o “salvador da pátria”, o prefeito Mauro Nazif é só conversa para boi dormir. Insiste em não enxergar a cidade está literalmente abandonada, desde suas praças aos bairros, povoados e distritos.
Em vista da péssima administração desse prefeito do PSB, muita gente passa a acreditar que ele é mais um estigma para acabar com a réstia de sorte da própria cidade e das futuras gerações. É tão ruim que a desgraceira de seu antecessor já está pensando em retornar para a cadeira que nunca deveria ter ocupado.

DESCOLANDO

No programa do PT que vai ao ar nesta terça feira não haverá a aparição da presidente Dilma Roussef. Assim como desistiu de fazer o pronunciamento do 1º de Maio, temendo o panelaço, ela não quis gravar para o programa nacional do PT, que vai ao ar hoje, no rádio e na televisão. Dilma quer descolar seu nome do PT no momento em que o partido é apontado como sinônimo de corrupção, escapando de outro panelaço. Um novo panelaço para hoje foi convocado pelas redes sociais, para acontecer na hora em que for ar o programa do PT.

TOALHA JOGADA

Certamente na lenga-lenga oficial o prefeito da capital rondoniense vai procurar uma saída, uma maneira de tirar o seu da reta, insistindo que sua gestão não jogou a toalha na questão da mobilidade urbana. Mas não será muito explicar porque teve de devolver recursos de milhões que a União tinha disponibilizado para Porto Velho implementar medidas voltadas para melhorar o precaríssimo sistema (??) de mobilidade dessa capital.

Na verdade virou praxe nos arraiais da gestão Nazif devolver dinheiro oriundo dos cofres da União por falta de projetos. Esse foi o motivo da devolução dos recursos milionários colocados para a municipalidade aplicar na mobilidade urbana. Esse comportamento é uma prova eloquente de que é extremamente improvável que Nazif tenha qualquer êxito na resolução dos problemas mais sérios da cidade até o final (ufa!) de sua triste gestão.

MEIO DE ENGANAR

Incapaz de produzir projetos factíveis e de qualidade, as autoridades municipais buscam um método onde fica mais fácil enganar o povo. São as improdutivas e estéreis audiências públicas, até mesmo para assuntos onde a decisão tem de obedecer bases tecnológicas.

É por exemplo o que acontece em relação à promessa da construção de uma nova rodoviária para a capital. É claro que até o momento tudo não passa mesmo de promessa. E não deverá sair disso. Afinal um projeto como o da rodoviária – até no quesito localização – não deve ser decidido em meros palpites de leigos. As decisões em torno de algo como a tal rodoviária precisam ser técnicas, atendendo diretrizes econômicas e não a meros interesses políticos.

PERDENDO TEMPO

Porto Velho está perdendo tempo há muitas gestões. E por isso estamos para trás na história. O prefeito Mauro Nazif que foi eleito como “salvador da pátria” não tem nada para apresentar quando já caminha praticamente para o fim de seu tempo na prefeitura.

Incapaz de construir um projeto para o município, de base tecnológica, pautado na inovação. Vai terminar o seu tempo sem ter ao menos definido as vocações do município, que poderiam atrais múltiplos investidores. Essa perda de tempo vai fazer Porto Velho andar ainda mais para traz no seu desejo de se firmar como uma cidade de qualidade razoável de vida.

JÁ FOI TARDE

Finalmente a primeira condenação de fato da ex-deputada Ana da Oito. Ficará, mantida a condenação, oito anos fora da vida pública. Certamente o cenário político não perderá nada com isso. Que essa decisão possa servir de exemplo para outros políticos prontos a dar o bote no erário ou em negociatas acreditando na impunidade.