Em Linhas Gerais

Gessi Taborda

Publicada em 05/02/2013 às 11:51:00

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POPULAÇÃO EXPOSTA Nossas autoridades, como sempre, continuam inertes em relação às medidas de prevenção de tragédia como a que ocorreu em Santa Maria (RS). A coluna já tinha registrado que no caso particular da capital rondoniense, preocupa não só o perigo em boates e outros points de balada da capital – sem estrutura para garantir segurança de seus freqüentadores – sem portas para fugas de grande número de pessoas, sem sinalização de segurança, sem equipamentos de combate a incêndio.
A coluna chegou a citar uma boate de propriedade de um vereador nessas condições, ou seja, com apenas uma porta para entrada e saída dos freqüentadores.

DE DAR MEDO Há uma situação que causa medo nos dias de hoje. São os muitos prédios com dezenas de andares erguidos em regiões diversas da cidade que, parecem, não estão adequados à fraca capacidade do segmento de combate a incêndios de Porto Velho.

Queira Deus não tenhamos de enfrentar uma tragédia nas proporções de Santa Maria. Porto Velho está preparada para enfrentar algo tão grave assim??? Teríamos condições de, pelo menos, dar socorro às vítimas no ineficiente sistema de saúde pública da capital??? Por que os prédios do tipo espigão em Porto Velho não têm escadas de escape para o caso de incêndio???

DE JEITO NENHUM Para a disputa de 2014, peemedebistas da cúpula do partido, o candidato natural será mesmo o governador Confúcio Moura. São peemedebistas que o reconhecem para a tal disputa, ainda quando o atual governador não está, aparentemente, com uma bagagem cheia de argumentos para seduzir o eleitorado, mas, justificam, “o partido não tem outro nome para lançar como o favorito da campanha”.

Valdir Raupp, o ex-bocoió de Rolim de Moura, não quer entrar nessa disputa. Agora, no baronato do partido em nível nacional, prefere continuar lá por Brasília e em 2014 sua presença em Rondônia tem o objetivo fundamental de ajudar a mulher, Marinha, a renovar mais uma vez o mandato na Câmara.

TAMBORES MUDOS Os tambores que rufaram em favor do histórico peemedebista, Orestes Muniz, nas eleições municipais da Capital (ele não aceitou de jeito nenhum a indicação para disputar a prefeitura de Porto Velho), deverão continuar abafados, pois aquele que já foi deputado federal e vice-governador pelo PMDB demonstra estar definitivamente afastado da política partidária.
Outro nome histórico, Tomás Correia, também não deseja entrar nessa trincheira. Tomás ficou anos fora disputa eleitoral, depois de ter completado insolitamente o mandado do esquecido Jerônimo Santana, na prefeitura de Porto Velho. Recentemente ficou um tempinho no Senado onde mostrou ainda ter a verve antiga. Certamente vai tentar conquistar um novo mandato, mas, com aguçada visão do cenário real do estado, sabe como é assustador o cenário da disputa do governo e até do senado pelo PMDB.

Por enquanto, Tomás Correia só observa o cenário. Muitos anos longe da política, hoje praticamente desconhecido do eleitorado jovem, até para se eleger numa vaga da Câmara dos Deputados terá muito trabalho. E Tomás Correia foi um dos grandes deputados estaduais do jovem estado rondoniense.

CANDIDATO Embora opiniões de fontes ligadas ao Direito ainda divirjam sobre a elegibilidade do ex-senador cassado Expedito Júnior, aos amigos mais próximos o tucano – que gosta de fazer elogios rasgados ao governador peemedebista (Expedido tem interesses de alta monta na terceirização do segmento de Segurança do estado) – garante que irá disputar mais uma vez o senado, como se não existisse mais barreiras a enfrentar em relação à Lei Ficha Limpa. Expedito se julga vítima de um golpe de parte da mídia, especialmente uma identificada por uma víbora perigosa.

POSSE Tomou posse ontem o novo presidente da OAB-RO, Andrey Cavalcante. Ontem o ex-presidente da OAB, advogado Hélio Vieira, comentou que espera um mandato profícuo de seu sucessor, “pois a OAB é uma instituição dos advogados e com profunda identificação nas batalhas de interesse da sociedade”.

DINHEIRO Hélio acabou revelando que deixou no caixa da OAB dinheiro suficiente para fortalecer a entidade: “São R$ 400 mil reais em caixa e mais R$ 300 mil do projeto já aprovado no Fida, que o Fundo de Assistência aos Advogados”, disse. Sobre dívidas, Hélio disse ter deixado apenas uma pendência relativa à construção do próprio prédio da OAB-RO, do tempo da gestão do ex-presidente Hiram Marques, “porque o assunto está convertido num processo judicial, cujo patrono da causa é o advogado Pedro Origa”.