Em Linhas Gerais: Brasil, o campeão da violência; e Porto Velho com seu trânsito caótico e fiscais negligentes

Gessi Taborda

Publicada em 30/04/2013 às 10:24:00

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ISSO É BRASIL
Orgulhe-se! Principalmente se você acha mesmo que o governo de Dilma deva continuar a partir de 2014. Bem, o Brasil, o sétimo país mais rico do mundo, está na lista dos 20 mais violentos do planeta. A governança do nosso caos passa pela violência, pela disseminada corrupção (fraude) e pela tendencial radicalização religiosa.

De acordo com os dados divulgados pela UNODC (Escritório para assuntos de Drogas e Crimes da ONU), os 20 países com os maiores índices de violência estão localizados principalmente na África, na América Central e na América do Sul. São eles: Honduras, El Salvador, Costa do Marfim, Venezuela, Belize, Jamaica, Guatemala, São Cristóvão e Nevis, Zâmbia e Uganda, Malauí, Lesoto, Trinidad e Tobago, África do Sul, Colômbia, Congo, República Centro Africana, Brasil, Etiópia e Santa Lúcia.


EU VI
Não é a primeira vez que a coluna registra o total desinteresse das autoridades responsáveis pela fiscalização do trânsito em Porto Velho com os abusos praticados por motociclistas que desrespeitam a lei com tranqüilidade, diante de fiscais que fingem não ver. É comum o transporte ilegal, como caronas, até de crianças de colo em qualquer rua da cidade. Também é comum o transporte de todo tipo de mercadoria por motos. Ontem eu mesmo vi, na avenida Calama, um motoqueiro carregando uma botija de gás e um galão de água, numa espécie de malabarismo proibido.

A resolução 356 do Contran, que proíbe o transporte de botijões de GLP e galões de água mineral em motocicletas comuns está em vigor desde agosto de 2012 em todo o país. A multa é de R$129,67 para quem desrespeitar a determinação, além de punição com 5 pontos na carteira de habilitação e, em alguns casos, a apreensão do veículo. Em Porto Velho a tal resolução não vale de nada. Nem para a polícia do trânsito e muito menos para os fiscais da prefeitura que, pelo visto, preferem produzir montanhas de multas só contra motoristas de automóveis.


CARGA TRIBUTÁRIA
Numa conversa informal com formadores de opinião, o deputado José Hermínio deixou de lado as questões paroquiais do estado para manifestar sua preocupação com os entraves que estão sufocando a economia do Brasil, com reflexo também em Rondônia, porque o estado, pela falta de uma economia forte, acaba “sofrendo muito com a redução de rapasses do FPE da União”.

"A carga tributária está sufocando a economia brasileira", advertiu o presidente da Assembléia Legislativa. Ele lembrou que os tributos representavam, em média, 27% do Produto Interno Bruto no governo FHC, passaram a 30% no governo Lula, e agora, na gestão de Dilma Rousseff, ficam em torno de 40%. Depois de comentar que também em Rondônia a política tributária em nada contribui para estimular os investimentos privados em Rondônia, Hermínio sugeriu: “Não há competitividade empresarial quando impostos impactam a economia desta forma. Mais importante do que as desonerações pontuais anunciadas pelo governo seria reduzir os gastos públicos e a carga tributária como um todo", acrescentando que os integrantes da bancada rondoniense em Brasília deviam batalhar por essa bandeira que interessa a todos defensores do chamado crescimento sustentado do país.


PRAZO CURTO
O Ministério Público Federal, através de ação civil pública, conseguiu uma decisão da Justiça Federal que dá 25 dias, a partir de hoje, para a União apresentar o cronograma da reforma a e ampliação da Casa de Apoio à Saúde Indígena de Guajará-Mirim. Se o governo federal não cumprir esse prazo – sem uma justificativa validada – poderá sofrer multas diárias em valor que a própria Justiça Federal irá definir. É esperar prá ver.


SÓ REFORMAS
Chefiando a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semes), Rose Rivero deve estar imaginando que o cargo é um bom trampolim eleitoral para 2014. Só isso justifica o interesse da moça pelos holofotes da mídia.

Sem ter nada de importante a anunciar e nenhum projeto grandioso para uma capital carente de tudo em se tratando de esporte e lazer, ela não perde oportunidade de aparecer na mídia para anunciar um plano de reforminhas (que vergonha!) em “quadras e centros (onde???) de lazer”.

E na entrevista dada à TV Rondônia explicou como são tais reformas: uma “simples pintura e limpeza”. Mas acabou fazendo uma confissão temerosa: vai fazer reformas até em locais que, disse, “não são de nossa competência”. Ué, fazer obras (mesmo reforminhas) em locais que não são da prefeitura, com recursos da municipalidade, não é crime?

Obras realmente marcante, como um centro poliesportivo municipal; como um parque aquático ou coisa dessa envergadura, isso continuará como promessas de campanha jogadas nas calendas.


A VITÓRIA DO PIOR
A data eleitoral do próximo ano está longe. E por isso não dá para prever agora como será o cenário da disputa. Mas não se enganem: pode sim acontecer a vitória do pior. E ai é mais atraso para Rondônia. E por que isso pode acontecer? Por que é grave a incapacidade da nossa oposição. Boa parte de nossos políticos continuam acreditando que estará nas mãos de uma minoria eficaz em seus propósitos ainda que seja inescrupulosa em seus métodos, principalmente porque as melhores pessoas da nossa política estão desunidas e com medo daqueles verdadeiramente comprometidos com a maioria.


SÓ CONVERSA
Para Marta Brito, do gabinete do prefeito Mauro Nazif, tudo não passou de uma “visita de cortesia”. Mas nem por isso o factóide distribuído pelos arautos da gestão do PSB deixou de tascar a esperança do prefeito em receber o inexpressivo suplente que virou deputado federal, Anselmo de Jesus, do PT. “O deputado vai apresentar emendas para trazer recursos ao município de Porto Velho. Então isso vai impulsionar a nossa administração”, asseverou. Bom, então a partir das emendas do petista a adormecida gestão do dr. Mauro vai dar um salto extraordinário.


31 DE MAIO
Nenhuma programação de vulto foi preparada pelos sindicatos para comemorar o Dia do Trabalho. Parece não haver motivos para festejar e nem coragem para protestar.