Em Linhas Gerais: Crise hoteleira da capital atinge nível alarmante e tendência é de agravamento

Gessi Taborda

Publicada em 30 de June de 2015 às 11:10:00

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O CORVO

Certamente até o corvo, de Edgar Alan Poe, diria com toda certeza: Mauro nunca mais!

APRENDAM POLÍTICOS

Não basta afirmar que as doações foram legais, devidamente registradas no TSE. Se o dinheiro recebido em doação é sujo, é de corrupção, um simples registro do tribunal eleitoral não limpa a doação, que pode até ser enquadrada como lavagem de dinheiro.
Esse é o raciocino que pode fazer até o senador barbudo chorar diante do desfecho das investigações da Lava Jato.

QUEDA PREOCUPANTE

O governo estadual e o municipal de Porto Velho gostam de falar de “turismo” rondoniense, como se ele verdadeiramente existisse. Mas não mostram capacidade em fazer absolutamente nada para impedir que o setor recue ainda mais nesses tempos bicudos. Uma fonte ligada à hotelaria da capital disse que a ocupação dos hotéis vem caindo há pelo menos 45 meses. Segundo a fonte essa situação começou quando foram agregados mais mil leitos à rede hoteleira (que cresceu por avaliação muito otimista do crescimento do estado, com a implementação do complexo energético do Madeira) e também porque o turismo em Rondônia continua tão carente de obras estruturantes e de divulgação como sempre esteve nos últimos 30 anos.

VAI DURAR

Como os governantes dos dois níveis (estadual e municipal) não executam nenhum programa para fomentar um turismo de verdade e consolidado, a crise na hotelaria e no turismo (especialmente da capital) deverá permanecer por mais alguns anos, contribuindo para a perda de postos de trabalho.
Do jeito como se trata esse importante segmento da economia, praticamente não se justifica manter no organograma do governo as pastas do setor, que servem apenas de cabide de emprego e nada mais. Porto Velho é uma das poucas capitais que não tem um Centro de Convenções e muito menos um plano de política do turismo.

QUESTÃO DE LÓGICA

Se para emitir o habite-se do novíssimo Teatro Estadual as autoridades demoraram mais de seis meses e, com todo esse tempo, ainda não concederam o Alvará de funcionamento daquela instituição, quanto anos deveremos esperar para que a capital seja dotada de um centro de convenções?

SÓ FACTÓIDES

Factóides não são utilizados pelo prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, para tentar tapar sol com a peneira de uma gestão praticamente nula. O governo do estado não fica atrás. O que o governador (ainda?) Confúcio Moura tem feito? Ele vai ao interior para “fiscalizar” uma obrinha aqui ou ali, visita uma escola que aponta como “modelo” e tome factóide.
O governador do PMDB prometeu muita coisa, mas do mesmo jeito como agiu no primeiro mandato, vai empurrando com a barriga e não cumprindo nada. Só os néscios acreditam que ele vai realmente concluir a estrada asfaltada que deveria criar uma nova alternativa para se chegar a Guajará-Mirim, partindo do sul rondoniense.

ESTELIONATO

Aliás, tudo leva a crer que nem mesmo a solução para o fornecimento de água tratada para 100% da população (mesmo que para isso o dinheiro seja garantido pela União), bem como a instalação da rede de esgoto não acontecerá tão cedo.
E ainda tem promessas não cumpridas no segmento da Saúde, da Segurança, do Lazer, da Educação e da Cultura. Na verdade, pelo visto, a campanha eleitoral de Confúcio não cometeu apenas abuso de poder político e econômico. Foi, isso sim, um claro exemplo de estelionato eleitoral.

GRANA DOS CORREIOS

A maioria dos servidores dos Correios não conseguem aceitar, e muito menos entender, como aconteceu o rombo na Fundação Postalis, a sua previdência. Tem gente indignada desde o momento que descobriu que terá de pagar pelo rombo o resto da vida.
A revista Isto É dessa semana revela um dos ralos: "Investigações em curso indicam que um empresário português ligado a Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão de Lula, foi beneficiado com dinheiro da Fundação Postalis, a previdência dos funcionários dos Correios. Mais de R$ 200 milhões foram usados para a compra de cédulas de crédito imobiliário”. Vavá atuou como lobista de Mendes no primeiro mandato de Lula, “inclusive na busca de negócios com a Petrobras", concluiu Claudio Sequeira, da Isto É.

CHAME OS DEPUTADOS

Como o governador só fala (m* na maioria das vezes) pelo seu blog e no mais continua dando uma de mouco, é preciso chamar os deputados para que deem uma resposta ao povo, na questão as segurança pública. O governador não passou do muxoxo diante do questionamento sobre qual a serventia que teve para a cidadania rondoniense o pagamento da viagem de delegados à Colômbia, realizada no mês de abril?
Até agora, de prático, não se viu nada. A criminalidade dispara em todo o estado, especialmente em relação a roubos, homicídios, estupros, etc. Ninguém escapa, nem as escolas. E o governador fica com divagações num blog criado para alimentar sua vaidade de pseudo cronista.

SAUDADES DA VEREANÇA
Claro que isso não é tema para quem tem assento na Câmara dos Deputados. Então a explicação é essa: já de olho na disputa pela prefeitura ou saudades dos tempos de vereança. Mariana Carvalho (PSDB – RO) se reuniu com permissionários e o administrador do Mercado Municipal de Porto Velho para ouvir as principais reivindicações para se melhorar as condições do local, que é um dos pontos tradicionais de compras na Capital de Rondônia.

COMPETÊNCIA DA PREFEITURA

A deputada pretende alocar recursos de sua emenda parlamentar na melhoria daquele espaço. A jovem e linda deputada explicou que os próprios comerciantes devem decidir sobre a aplicação dos recursos. Ora, Mariana deveria saber que os comerciantes não podem substituir a prefeitura em nenhum projeto de modificação ou melhoria do mercado.

CENÁRIO NACIONAL

A expressão impeachment deixou de ser uma bandeira fácil para a oposição desgastar o governo e passou a ser uma possibilidade.
A divulgação da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa completou o quadro de imprevisibilidade política, econômica e social dos desdobramentos da crise brasileira. Hoje é impossível projetar o futuro político do atual governo e dos parâmetros básicos da economia brasileira. A tudo isso se soma a crise moral com casos que surgem a cada dia.