Em Linhas Gerais: É brincadeira: Júlio Olivar, o novo secretário de turismo, só conhece o assunto de tanto viajar às custas do contribuinte

Gessi Taborda

Publicada em 15 de June de 2013 às 16:12:00

[email protected]

SÓ EM RONDÔNIA Numa terra onde o turismo se resume a ver o pôr-do-sol no Rio Madeira e a encher a cara em algum barzinho da moda (a maioria sem nenhuma atração cultural digna de registro), o governador não poderia ter escolhido melhor o novo chefe do turismo. E lá vai, outra vez, o tal Júlio Olivar ser “gauche na vida”. Já passou pela Educação, estava no Decom e agora vai para o turismo. Só deve conhecer do assunto porque (claro) deve viajar muito com o altíssimo rendimento que ganha todo mês do filosófico governador.

Tenho pena dos investidores da hotelaria rondoniense e também dos profissionais que sonham com um turismo de verdade nesse estado e, principalmente, na capital. O turismo rondoniense continuará no mundo do faz de conta. A tal secretaria do turismo continuará sendo uma pasta onerosa e inútil. São coisas de Rondônia, onde o governo está cada vez mais perto do fim e sem nenhuma obra de vulto. E não será no Turismo que irá aparecer alguma coisa.

CUSTO ALTO Adilson Siqueira é um dos nomes de maior importância nos bastidores políticos da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e um dos nomes mais aguerridos do PSOL, partido do qual é um dos fundadores. Ele disse ao colunista, num bate papo informal, que, apesar dos insistentes e honrosos convites de militantes do partido e de lideranças dos acadêmicos da Unir, não deve ser candidato nem a deputado federal, em 2014. Adilson já foi candidato até ao governo do estado. Um dos motivos de não encarar a disputa de 2014, como explicou, está no elevado custa de uma campanha eleitoral. Siqueira resiste até os pedidos para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

TIME DA COBRA O atual vice-prefeito da capital rondoniense pode sair candidato a deputado federal e ter o grupo da Cascavel (clã Gurgacz) bancando a campanha. Tem gente no ninho de cobras dizendo que se Dalton Di Franco disputar uma cadeira para a Câmara dos Deputados pode ajudar, e muito, a alavancar o candidato do grupo dos Gurgacz ao governo ou ao Senado.

DESAPARECEU Estranhas coincidências. O site Rondoniagora, autor das denúncias (em pareceria – quáquáquáquáquá – com O Estadão do Norte, do presidiário Mário Calixto — que fugiu mais uma vez), de um suposto esquema de direcionamento na licitação da implantação do software e-Cidade, no Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, ficou fora da internet por quase três dias. Voltou e não tinha mais nada sobre o assunto que motivou uma “nota oficial” do TCE-RO.

Até a foto do conselheiro Edilson Silva algemado quando foi preso pela Polícia Federal desapareceu. Será que o combativo jornal eletrônico se deu por satisfeito com a nota oficial da instituição? Ou houve alguma espécie de pressão para o assunto ser engavetado. Quem souber, pode se manifestar.

ABATIDO Perguntado sobre o destino do jornal Imprensa Popular, criado e editado por mais de 13 anos por esse escriba, só posso dizer que seu retorno vai depender de atitudes republicanas dos governantes rondonienses. Imprensa Popular (que chegou circular gratuitamente com 20 mil exemplares por edição) acabou sendo vítima da manipulação de governantes rondonienses incapazes de conviver com imprensa independente e motivada a defender o interesse do povo, sem fazer o jogo mentiroso dos interesses políticos de quem está no poder.

Ao longo desses anos foram muitas perseguições, boicotes e hostilidades de toda sorte. A situação começou a ficar insustentável na gestão do ex-prefeito Bob Ali-Babá.

ALIJADO E por não ter assumido, em nenhum momento, uma postura editorial de submissão aos interesses dos calhordas ocupantes dos cargos públicos, o jornal foi alijado (depois da prefeitura) das verbas de mídia pela Assembleia Legislativa (com aquele presidente que andou acumulando condenações na Justiça e, agora, vai responder outra ação pelo uso imoral do Serviço Médico da Assembleia). Não demorou muito o próprio governo também cortou Imprensa Popular. Pelo visto, o filósofo gosta muito da imprensa, mas principalmente da amestrada.

SEM MENTIR AO POVO Por tudo isso, Imprensa Popular (edição impressa) não está circulando mais. Espera novos tempos com gestões republicanas. Ai está, por exemplo, esse novo prefeito. O leitor verá que nem no site www.imprensapopular.com não pintou a mídia do IPTU, distribuída a todos os outros veículos, inclusive os criados recentemente.
Imprensa Popular circulou enquanto pôde sem vender sua alma ao diabo. E só voltará (a edição impressa) se tiver os recursos necessários sem que para isso tenha de mentir ao povo para agradar o poderoso do dia.

MEDO Ouvi de gente com livre trânsito na sede do governo estadual, que o nosso filósofo ariquemense tem tido reações de medo com um eventual reflexo das manifestações populares registradas principalmente em São Paulo e Rio. Fica borocoxô imaginando que esses movimentos podem chegar aqui em Rondônia, onde há uma insatisfação geral dos servidores públicos, em estado de greve. Confúcio e seus apoiadores estão evitando o mais que podem aparições em público, para não sofrer mais com os protestos.

SANGRIA O contribuinte rondoniense continuará assistindo, sem poder fazer nada, a sangria aos cofres públicos, a título de pagamento de pensão mensal aos ex-governadores. São 14 privilegiados que recebem mais de 23 mil reais mensais, cada um. E quando um sujeito desse morre, os descentes continuam recebendo esse estipêndio.