Em Linhas Gerais: MP se recusa a fazer parte da polícia política de Confúcio e quebra ao meio "Operação Apocalipse"

Gessi Taborda

Publicada em 11 de September de 2013 às 11:26:00

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ENCONTRO EMPRESARIAL
Acontece hoje, com abertura às 19 horas, no Hotel Vila Rica, um encontro pela Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) – representante nacional da GS1 Global, a única entidade responsável pelo licenciamento de códigos de barras no mundo, para reunir empresários rondonienses interessados em conhecer soluções de automação para potencializar o desenvolvimento dos negócios na região.

Durante o evento, a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) apresentará uma nova ferramenta online de gestão e controle da numeração de mercadorias cadastradas nos padrões GS1: o Cadastro Nacional de Produtos. A participação no evento é gratuita.



TERAPIA RECEBE PDS
Mais um encontro partidário será realizado no Clube Terapia Tropical, em Rolim de Moura, o mesmo onde milhares de pessoas fizeram a festa do PP para o senador e ex-governador Ivo Cassol, numa espécie de desagravo à sua condenação pelo STF.

Dessa vez quem vai realizar o encontro (na 6ª versão) partidário é o PDS, partido presidido no estado pelo deputado federal Moreira Mendes e na capital, pelo deputado José Hermínio, presidente da Assembleia Legislativa.

O encontro será no próximo dia 14, às 9 horas. Está marcado um almoço, após o encontro, para os participantes do evento.



KAFKA
Se levarmos em consideração as manifestações dos vereadores pegos na tal “Operação Apocalipse” dá para imaginar que Franz Kfaka (autor de O Processo) poderia muito bem ter ambientado sua obra em Rondônia. Aqui, no geral, político condenado pela Justiça (até no STF) se diz inocente.

Essa cantoria foi entoada por Marcelo Reis, depois de sair da gaiola do Urso Pardo e voltar à Câmara, com a presença de claque organizada e bolo comemorativo. Jurando inocência e quase gritando aleluia junto aos parceiros de igreja. o vereador “é mais um perseguido” e não um escroque que faz da política uma ferramenta de enriquecimento rápido.

Em se tratando de Rondônia, esse “injustiçado” vereador ganhou, pelo período de cadeia, musculatura para disputar a eleição do próximo ano. O eleitorado rondoniense já provou ser leniente com esse tipo de político “vítima da equivocada decisão da justiça”. Não foi assim que aconteceu em relação ao clã Donadon?



VÍTIMA
O Ministério Público rondoniense decidiu não denunciar o vereador Eduardo Rodrigues, ex-presidente da Câmara Municipal na gestão passada, também preso pela Operação Apocalipse. Pelo visto, o MP corrobora as críticas entoadas pela mídia (independente), revelando o viés político da tal operação. Mesmo com o indiciamento pela polícia na conclusão do inquérito, o MP não encontrou provas para denunciar Eduardo que discretamente – bem diferente do seu colega Marcelo – reafirmava sua inocência ao retornar a Câmara, a ponto de garantir renunciar o mandato se alguma coisa for provada contra ele.



SIMPLES PERSEGUIÇÃO
A afirmação da coluna sobre o claro aspecto da perseguição a opositores políticos, especialmente no caso do deputado José Hermínio está comprovada nas alegações do Ministério Público.

Na analise do inquérito da polícia comandada pelo chefe da pasta de Segurança do governo, o Ministério Público concluiu que o filho do deputado José Hermínio, presidente da Assembleia Legislativa rondoniense, foi preso “por engano”. Engano uma ova. Foi, a meu ver, uma decisão deliberada e não falta de profissionalismo. Esse não o é resultado da ação de investigadores mequetrefes. Por pior que seja o nível da “investigação” não usariam essa conversa do apelido do rapaz para prendê-lo. Está mais do que claro: o objetivo sempre foi atingir Hermínio.



SÓ EM RONDÔNIA
A suspensão de Hermínio de seu legítimo mandato parlamentar e (pior) da presidência da Assembleia não é apenas uma trapalhadazinha qualquer.

É uma violência contra a ordem democrática. É uma clara demonstração de que o aparato policial do estado foi usado para atender interesses de quem detém o poder e não tolera uma oposição contundente e constante ao governador.

Fato dessa natureza afeta a governabilidade, pois desequilibra a convivência democrática entre as instituições.



CARA DE PAU
Certamente é cada vez maior o número de políticos usando óleo de peroba e até fazendo festa. É muita cara de pau do vereador chegando na Câmara com festa, após dois meses de xilindró. Aliás, hoje é comum a presença desse tipo de homem público nesse país macunaímico. Por uma questão de justiça é preciso mostrar que nessa onda de caradurismo, Rondônia não lidera o ranking nacional.

O maior cara de pau é esse tal de Genoino, que soube que vai para a cadeia e está buscando uma maneira de continuar recebendo, agora uma aposentadoria por invalidez. Isso é um absurdo, pois, se a doença não o impediu de roubar, não o impedirá de trabalhar, como tantos outros simples mortais.



CHICO PADRE
Neguin crente de que dinheiro público pode ser usado de qualquer maneira, inclusive desviado, sem dar xabu vai, agora, quebrando a cara.

Certamente quem está na mira são Francisco Ferreira Cabral, o Chico Padre, e José Oliveira Rocha. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vai investigar os repasses de recursos federais às contas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Rondônia (Senar/RO) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) no período entre 2003 e 2013.

Chico e José foram condenados por irregularidades nas contas das entidades pelo Tribunal de Contas da União (TCU).



DECISÃO ADIADA
Não aconteceu ontem, como o Sindler anunciou através de seu presidente, Raimundo Façanha a análise e votação do PCCR dos servidores da Assembleia Legislativa, vetado pelo governador. Ontem o presidente José Hermínio explicou a necessidade de novas reuniões, hoje, entre os deputados e integrantes do Sindler, para mais informações sobre o assunto.

Hermínio voltou a destacar que o veto do governo numa questão própria do legislativo “é uma interferência inaceitável” para um poder soberano, como o parlamento. Segundo ele, mais uma vez os deputados poderão comprovar que o PCCR da Assembleia é perfeitamente suportável pelo orçamento da Casa.