Em Linhas Gerais: Precisamos como nunca de verdadeiros líderes, capazes de tirar Porto Velho do ranking das piores capitais

Gessi Taborda

Publicada em 27 de April de 2015 às 09:58:00

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(Crônica)

QUEREMOS LÍDERES

E aos poucos vão sendo ventilados nomes de gente de nossa comunidade, alguns muito conhecidos e outros nem tanto, para a disputa eleitoral do próximo ano, quando todo o eleitorado terá pela frente a difícil tarefa de escolher o prefeito e os vereadores.

É nossa obrigação fazer de tudo para não errarmos no voto. Precisamos de líderes de verdade, capazes de tirar o titulo de “uma das quatro piores cidades do Brasil” (conferido numa recente pesquisa da revista Exame) da nossa tão mal amada capital rondoniense.

É tarefa das mais difíceis, identificar o verdadeiro líder entre os vários nomes que vão engrossando a lista dos pretendentes ao cargo de prefeito. Até agora o eleitorado da cidade tem se dado mal nessa tarefa e isso faz com Porto Velho fique longe, muito longe, da cidade dos nossos sonhos. Chega de “líderes” mequetrefes.

GENTE SEM CONLUIOS

Possivelmente o leitor conheça algum líder e possivelmente esse líder esteja disposto a enfrentar os desafios de fazer de nossa cidade o orgulho dos rondonienses e até dos brasileiros de todo o país.

São líderes os que abraçam uma causa e mobilizam outros para o mesmo fim. Sem imposição, mas conquistando envolvimento e confiança. Liderar uma empresa, uma equipe, uma comunidade nunca é fácil. Empresários, diretores, gerentes, religiosos, políticos só conseguem que os seus objetivos sejam alcançados se transformarem suas ideias em realidade.

A sociedade portovelhense (como a do estado em geral) está carente de líderes de fato. Pessoas que inspirem confiança neste momento turbulento que temos na política e nos cenários macro e microeconômicos. Queremos alguém que tenha passado ilibado, sem conluios, desprovido do jogo de interesse que cerca os Partidos há décadas. Alguém que não seja subserviente a interesses escusos, no jogo do toma lá da cá.

LANTERNA DE DIÓGENES

Onde está tal figura?
Estará na fisionomia angelical da moça bonita, jovem e vencedora de berço? Estará no político que busca a desaposentadoria dos longos anos de mandato em esferas do parlamento federal? Ou estará na figura do empresário vencedor, capitão da empresa que começou praticamente do nada e virou uma potência?

AGLUTINADOR

Um líder político, para uma Porto Velho diferente destes últimos 100 anos, precisa de características próprias e decisivas. Pois toda causa defendida tem sempre componentes que estão ligados ao comprometimento, emoção e razão. Estes desejos devem ser estimulados pelo líder, tornando realidade o sonho de cada um. Deve atualizar-se constantemente às movimentações que o cercam, com visão global, influenciando positivamente a conduta de seus admiradores. Também é papel do líder ser integrador, aglutinar personalidades distintas para o bem comum da sociedade. Possibilitar que seus liderados se mantenham informados, orientados sobre as diretrizes de seu comando, mesmo que não haja uma completa afinidade entre todos. O líder só conseguirá isso sendo extremamente motivado, sincero consigo mesmo, defensor de princípios democráticos em sua função. Atitudes que geram carisma e motivação geral.

PONTOS ESSENCIAIS
Não é mole para os simples eleitores escolher o verdadeiro líder na hora do voto. Afinal, antes de tudo tem de saber sair das armadilhas montadas pelos marqueteiros políticos, para quem o político não passa de um produto qualquer, como uma marca de sabão... Tudo, dizem eles, é uma questão de embalagem atrativa!

É preciso, portanto, que nós eleitores tenhamos sempre fixo na memória que há pontos que são essenciais na personalidade e atitude de quem liderará a sociedade, municipal, estadual ou nacional: conhecer profundamente a sua atividade e superar a facilidade que terá em se contaminar com atitudes escusas, que beneficiem poucos em detrimento de muitos; dominar a criatividade, explorar a intuição e saber delegar, monitorando as ações dos colaboradores.

CREDIBILIDADE

Isso vale dizer que a cidade precisará que seu novo prefeito seja uma pessoa que demonstre ter sensibilidade diante das necessidades da comunidade; planejar-se; porém, sendo flexível, adaptado a mudanças constantes, com habilidade na avaliação de situações e rapidez na tomada de decisões; e exemplificar na prática o que prega na teoria, demonstrando que se pode confiar no que ele diz.

O seu preferido tem essas qualidades? Já demonstrou habilidades para conduzir e participar de processos antagônicos, buscando a harmonia entre os envolvidos? Afinal, isso faz parte da característica de um líder de verdade.

ESCRAVO DAS PROMESSAS

Enxergar não apenas o que está aparente, apegando-se a paradigmas; mas ter um poder de abstração, análise e síntese, prevendo consequências diferentes do que normalmente pode se esperar. Intuição frente ao exposto o ajudará na tomada correta de decisão. Enfim, o líder que nossa sociedade quer e precisa deve controlar seu emocional, para que não se torne escravo de suas próprias palavras e promessas. Sua ansiedade por resultados deve ser dosada, para que não contamine negativamente ou crie discórdias e desconfianças desnecessárias. Por isso, fica o ensino de Aristóteles a todos que querem sucesso na liderança: "O homem prudente não diz tudo o que pensa, mas pensa tudo quanto diz”.

ARREMATE

A coluna não pode deixar de lado o lembrete: lamentavelmente não temos tido sucesso com nossas escolhas. Tanto a capital rondoniense como o estado está a mercê de líderes de fancaria. São eles os grandes responsáveis os responsáveis pelo quadro de estresse e afastamento que submete os rondonienses à humilhação em relação ao restante do Brasil.

São governantes frouxos, que depreciam a governança do estado, fazendo deles mesmos, motivos de piadinhas, deboches e boatos, o que coloca Rondônia na situação constrangedora de ser chamada de “Roubônia” fora de nossas fronteiras.

Tomara que a partir das eleições de 2016 nossa sociedade consiga colocar à frente da gestão pública de líderes de verdade, capazes de nos tirar dessa situação humilhante e vexatória.