Em Linhas Gerais: Prefeitura ganha um pequeno fôlego para o resolver problema do lixo da capital

Gessi Taborda

Publicada em 20 de October de 2014 às 08:35:00

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MOTIVOS DE ADELINO

Adelino Follador, deputado estadual reeleito com uma das mais expressivas votações, tem uma explicação fácil para justificar sua decisão de caminhar nesse segundo turno com a candidatura de Expedito Júnior ao governo estadual. Adelino foi correligionário de Confúcio. Chegou a ser secretário municipal e Ariquemes, numa gestão de Confúcio.
Extremamente preocupado em se manter eticamente íntegro, Adelino afirmou: Interpreto o resultado das urnas como um sinal nítido de vontade de mudança de projetos, métodos e conceitos de gestão. Em obediência às urnas, não podia me aliar a quem representa o continuísmo do governo. Expedito “é quem representa o novo”, explicou.

MESMA LINHA

Na mesma linha foi a manifestação do presidente da Assembleia (e deputado reeleito), José Hermínio que ainda nessa semana passou a promover reuniões de correligionários com o Expedito Júnior: “eu estou defendendo o apoio ao Expedito porque acredito que ele é o único representante de um novo momento e uma nova política em Rondônia. Diante do risco de continuísmo com o Confúcio Moura e sua republiqueta, não tenho como não marchar com Expedito, pelos projetos que ele defende no sentido de acelerar o desenvolvimento do estado e combater a corrupção”, comentou Hermínio.

NAZIF GANHA PRAZO

Aparentemente o risco da cidade de Porto Velho se tornar ainda mais suja diante da suspensão da iniciativa da prefeitura em homologar a contratação emergencial de uma empresa (que ninguém sabe e ninguém viu) para promover a coleta do lixo não existe mais.

Ontem foi firmado um acordo (na vara da Fazenda Pública) em que se estendeu por mais 6 meses a atuação da Marquise na coleta de lixo de nossa capital. A Marquise decidiu sair desse negócio em Porto Velho depois de denunciar a enorme dívida da prefeitura, acumulada por um longo período em que não estava pagando os serviços de coleta do lixo urbano.

PARCELAMENTO
O acordo firmado na presença do Juiz Edenir Sebastião dá um fôlego à (???) gestão de Nazif, que a partir de agora terá mais 6 meses para fazer a licitação de forma transparente.
Segundo consta, foi o parcelamento da enorme dívida da prefeitura que acabou sensibilizando a Marquise a continuar por mais seis meses coletando o lixo da cidade.

DELAÇÃO

O governador Confúcio, membros de sua família e gente da base de sua governança foram apontados como integrantes do escândalo que acabou levando para a cadeia o José Batista da Silva, ex-secretário adjunto da Saúde no início da gestão do governo que chega ao fim. Certamente os efeitos dessa denúncia ultrapassarão o período eleitoral. O governador que usa sempre a conversa das “10 mil demissões” contra seu oponente, Expedito Júnior, deveria explicar porque deu um cargo tão importante a José Batista, personagem central da demissão dos 10 mil no governo Bianco.
Será que nossa população tem atitude permissiva e aceita a corrupção como uma coisa natural? Como nós podemos digerir isso? Fazendo de conta que não sabemos igual ao atual governo? Ou fazendo o dever de casa dando uma resposta nas urnas? Rondonienses, a decisão está nas nossas mãos.

GOVERNADOR DEVE EXPLICAÇÕES

Assim como o povo, o senador Odacir Soares ficou esperando explicações do governo Confúcio Moura para as denúncias feitas pelo seu ex-secretário adjunto da Saúde, José Batista da Silva, na delação premiada prestada ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal.

O silêncio de Confúcio diante das denúncias envolvendo seu próprio nome e de familiares, “é constrangedor para o Estado de Rondônia e inoportuno”, salienta Odacir. Na opinião do senador é “dever do governador se justificar pelo interesse público”. Odacir cobra também manifestação do PMDB, “pois é um absurdo imaginar que o estado foi transformado num empreendimento familiar, cheio de falcatruas”. Não dá para que os dirigentes do estado e do partido do governador simplesmente se calem diante dessas denúncias, acentuou o senador.

JOGUINHOS ELEITORAIS

Não dá para tratar nessa coluna do que foi o debate na noite de sexta-feira  entre os candidatos. Preparei-me para assistir o enfrentamento com a esperança de que não se repetira ali, sobretudo pelo candidato que tenta conseguir mais quatro anos (o que é um longo período, se for marcado por erros e indecisões) à frente de Rondônia.

Mas se tudo não passou de joguinhos eleitorais com a prevalência do descuido com os temas que afligem o dia a dia as pessoas que vivem por aqui, só poderei fazer esse tipo de análise na próxima coluna.

Enquanto a população está pedindo nas ruas decência, melhores serviços públicos, mais saúde e educação, os políticos, especialmente aqueles que ainda estão no poder, oferecem joguinhos, pegadinhas, dando relevância a questões que não têm o menor significado para se estabelecer competências em gerir a coisa pública com respeito à ética e a transparência na aplicação dos recursos públicos.

PIROTECNIA

Conheço bem Rondônia e conheço melhor ainda Porto Velho. E em Porto Velho, por onde se anda e se olha, é visível a bagunça do orçamento, a crise de gestão, a incapacidade de que permanecemos longe dos novos tempos exigidos pela sociedade em suas mais ruidosas manifestações.

A cidade continua carente de tudo. Não tem nada do que se orgulhar. E na propaganda eleitoral são anunciados pacotes de obras que não passam de pirotecnia que simplesmente servem para desequilibrar ainda mais as contas públicas.
Nos últimos debates tive de fazer esforço para assistir todo o conteúdo. Da parte do governante que busca a reeleição fiquei ainda mais decepcionado com esforço pela fulanização da política, contribuindo pelo embaçamento da nobreza da atividade, permitindo que o debate de propostas e projetos fosse relegado ao segundo plano.

DIFÍCIL AGUENTAR

Esse pessoal pago com o dinheiro do contribuinte para fiscalizar o trânsito não resolve nada, principalmente porque preferem passar o tempo todo multando sem fiscalizar outros aspectos da política de mobilidade urbana. Esse pessoal da prefeitura não faz nada contra os “flanelinhas” que atuam sem nenhuma restrição em pontos como os do mercadinho Central e o mercadinho do Um, certos da impunidade.

Conduzindo diariamente meu veículo pelas ruas de Porto Velho, tenho observado os absurdos cometidos pelos motoqueiros que nada respeitam. A legislação de trânsito não existe para eles. Costurando perigosamente, sempre em velocidade alta, mesmo com o fluxo de veículos parado, podendo atropelar pedestres. O pior é quando carregam, ensanduichados, até crianças de colo e passam perto dos tais “Agentes de Trânsito” da prefeitura e eles simplesmente fecham os olhos para essa gravíssima situação. Com essa fiscalização, nosso trânsito que já uma J* em termos de sinalização vai continuar na mesma e produzindo tragédias diárias.


HORÁRIO DE VERÃO

Começou a zero hora do domingo (19) o horário de verão. Os estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e o Distrito Federal adiantaram os relógios em uma hora. O estado de Rondônia não faz parte do horário de verão. Dessa vez, o horário de verão terá uma semana a mais em relação aos demais anos, para evitar que o fim da medida aconteça no carnaval. O horário de verão terminará no dia 22 de fevereiro e a expectativa do governo é economizar R$ 278 milhões.