Em Linhas Gerais: Rondônia poderá contar com o socorro dos médicos-escravos de Cuba; apesar do absurdo descaso com o estado, no DNIT o pessoal quer aumento

Gessi Taborda

Publicada em 26 de August de 2013 às 15:47:00

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MÉDICOS CUBANOS Possivelmente nossa Rondônia deverá receber médicos importados de Cuba, já que a saúde pública por estas bandas e nos pontos mais distantes é um verdadeiro escracho. Essa decisão do governo brasileiro alimenta uma enorme polêmica. Há motivos para inquietação, principalmente porque o acordo feito com Cuba tem conotações muito estranhas, seguindo o mesmo rumo adotado pela Venezuela dos tempos de Hugo Chaves, onde os médicos cubanos agiam como se submetidos a uma espécie de escravidão.


MIGALHAS As instituições especializadas na área da Saúde reafirmam que o Brasil tem 400 mil médicos e nosso problema não é a falta deles, mas de condições básicas para o exercício da medicina nas zonas conhecidas como grotões e periferias das cidades grandes.

Em se tratando da contratação desses quatro mil cubanos — cujos contratos deverão ser de três anos prorrogáveis — o custo será da ordem de 250 milhões de reais. Está previsto um salário mensal de 10 mil reais, além de ajuda de custo para moradia e refeição.

A própria autoridade nacional responsável pelo setor de Saúde acrescenta uma decisão confirmando que esse invejável salário não é suficiente em lugares tão pobres, sendo necessária uma ajuda adicional: o mesmo não será pago aos médicos, mas ao regime cubano, que dele destinará algumas migalhas para seus escravos a serviço do governo brasileiro.



SEM AVALIAÇÃO Dos tais médicos (escravos de Fidel) cubanos não se exigirá a prova de aptidão para o exercício da profissão, justamente requerida pelos órgãos representativos da classe, beneficiando-os assim com uma espécie de cota preferencial. Nem tampouco o conhecimento do português, o que poderá dar azo a toda sorte de confusão na sua interlocução com pessoas mais simples.

Com isso o Brasil se aproxima dos países onde se exerce uma democracia sui generis, baseada numa ideologia que a torna surda tanto aos clamores da opinião pública quanto das associações representativas de classe.



NEM O “MIGUÉ” O deputado Lebrão (PTN) ficou fulo da vida (e coberto de razão) com a demonstração de descaso das autoridades federais para com as estradas em Rondônia, especialmente a BR-429, um verdadeiro martírio para a trafegabilidade na região do Vale do Guaporé.

O DNIT (por não ter respostas às reivindicações dos rondonienses) não mandou ninguém de Brasília para acompanhar a Audiência Pública promovida pelo parlamento estadual. Não se dignaram nem a mandar o falante Miguel de Souza, recentemente premiado com um novo cargo de altos proventos, depois de ter deixado Rondônia (após vigorosa derrota eleitoral) e sumido para Brasília, onde era abrigado pelo governo de Confúcio, numa sinecura da representação rondoniense.



SEM CHANCES É claro que o tal coronel Carlos Guttemberg não entende bulhufas de engenharia de trânsito. Nem por isso o milico joga a toalha e pede para sair do comando da Semtran. Com ele, o que existe é o continuísmo da gestão antiga, que marotamente lotou a cidade de semáforos (torrando uma baba preta do erário) com a desculpa que é isso que resolve os gargalos e os problemas do trânsito da capital.

Bem, o coronel pelo menos deu uma declaração reconhecendo a falta de solução para o sistema ao anunciar uma tal Escola Vivencial do Trânsito, em construção. A declaração do coronel é uma confissão de que ninguém deve esperar nada de melhoria durante essa gestão. “[A escola] É um projeto a longo prazo para preparar as novas gerações, para que nossos filhos e netos, convivam com um trânsito mais humanizado. Só conscientizando as nossas crianças é que teremos chance de reduzir os índices de violência que temos no trânsito hoje”, afirmou o secretário.



NOVAS GREVES A incapacidade de cumprir acordos com as categorias mais organizadas do serviço público (com as quais contou decididamente para se eleger) está acendendo um novo estopim de crise no governo peemedebista de Confúcio Moura. O ex-prefeito de Ariquemes já é considerado uma espécie de inimigo público nº 01 dos servidores estaduais. A situação pode piorar muito se Confúcio não proceder logo aos cortes dos milhares de comissionados que incham a folha do executivo, ficando sem condições de manter o pagamento em dia dos verdadeiros servidores públicos.

Há muito tempo a coluna vem alertando o governador sobre o risco de seu fim melancólico. Se não conseguir manter em dia o pagamento dos servidores (incluindo ai o 13º) o final da gestão do PMDB não será só melancólica. Será deprimente e o governador corre o risco de ser enxotado de uma vez por todas da vida pública.



PREOCUPADO

Me disseram que o governador mostra preocupação com informes sobre decisões do judiciário contra ele. A guerra que o governo trava contra oposicionistas mexeu com setores de controle externo que não se convence sobre o escapismo sempre utilizado de que “Confúcio” não sabia de nada. Aliás, só para lembrar, de nada valeu a Cassol aquela estória de que “cada um responde pelo seu CPF”.