Em Linhas Gerais: sem ter nada a apresentar, governo divulga como "realização" até limpeza de quadra esportiva

Gessi Taborda

Publicada em 02 de July de 2013 às 10:07:00

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Certamente não se poderia mesmo esperar grande coisa de um órgão público batizado de “Sugespe”. O caradurismo de distribuir “notícia” à imprensa sobre a limpeza no “Deroche Pequeno Franco” é a mais clara demonstração de que esse pessoal não tem mesmo nada a apresentar à população rondoniense. Daqui a pouco vão mandar release à imprensa para falar que andaram limpando os banheiros do palácio... E para enfeitar ainda mais o pavão, o redator da nota publicada em certos veículos da mídia teve a cara de pau de chamar o tal “Deroche” de “Complexo Poliesportivo”. Certamente esse “escrivinhador do governo” nunca viu e nem sabe o que é verdadeiramente um COMPLEXO poliesportivo. Esse tipo de enganação virou rotina na agenda dos governantes de Rondônia, sempre acreditando ser possível enganar o povão.

ADOROU

Tem muita gente no próprio PMDB que adorou a desdita dos Donadons. Com clã destroçado no Cone Sul abrem-se as perspectivas para políticos até então enfraquecidos por não serem aceitos na aliança formada pela “famiglia” dos deputados presos.

INOCÊNCIA

Principal líder da “famiglia” Donadon, o ex-prefeito de Vilhena (que já foi candidato ao governo e ao Senado) dizia a repórteres do sul rondoniense ter absoluta certeza de que seus irmãos condenados e agora presos, “nunca meteram a mão nesse dinheiro” desviado da Assembleia.

É um absurdo inconcebível, querer aplicar esse truque de madame, da presumida inocência. Os processos que responderam (com amplo direito à defesa) revelaram que eles não só foram bandidos, mas pertenciam a uma quadrilha especialista em fazer a sangria do dinheiro público. Rondônia precisa urgentemente depurar esse tipo mafioso de sua política. Ainda tem muitos enganadores que continuam usando a blindagem de cargos públicos.


SEM FEIJÃO

Recentemente o deputado José Hermínio, presidente da Assembleia Legislativa, acusou o governo rondoniense por mais uma omissão contra os produtores rurais do estado que, como disse, não receberam as sementes de feijão, como era praxe nos últimos. Rondônia foi, até recentemente, uma grande produtora de feijão. A falta de planejamento no governo derrubou a cultura do feijão no estado.

Sem produção, o produtor rondoniense perde um dos grandes momentos de obter resultados com a produção desse item alimentar, especialmente porque o Brasil está tendo de importar feijão até da China.

É isso mesmo: está faltando trigo e feijão no Brasil. E não é entressafra, o que significa que também falta planejamento e sobra descaso com duas das principais cadeias da base alimentar do Brasil.


SEM ASSISTÊNCIA

O legítimo produtor rondoniense de feijão são não receberá a justa remuneração com compensações para os anos ruins da produção porque nesse governo não teve a assistência costumeira e necessária. A falta de planejamento levará o rondoniense a ver nas prateleiras o feijão com preço carne, mexendo no costume do povo que terá de consumir menos.

O governo rondoniense demonstra absoluto descaso com a segurança alimentar da população. Se não fosse assim, há muito tempo teríamos uma política de estoque regulador no estado. Como isso não existe no âmbito do estado (não temos sequer um Ceasa em toda Rondônia) não preocupação em garantir o abastecimento interno de produtos básicos. E isso seria mais do que uma obrigação do governante.


DISTORÇÕES

Essas distorções ocorrem porque o estado ainda carece de uma política agrícola que priorize o econômico, a geração de emprego e renda e desenvolvimento econômico e social, características peculiares ao agronegócio, mas sem esquecer do abastecimento e segurança alimentar.

PASSEATA BRANCA

Será amanhã, quarta-feira, a manifestação dos médicos rondonienses em favor de uma “saúde melhor” para a população do estado. A concentração dos manifestantes começa às 9 horas, em frente à sede do Cremero (Avenida Imigrantes 3414). A mobilização e manifestação da classe médica de Rondônia são parte da movimentação nacional dos médicos e da sociedade, em defesa do fortalecimento do Sistema Único de Saúde e de Medicina de qualidade. A classe médica brasileira também defende a aprovação urgente da PEC 454, em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê uma carreira de Estado para o médico (semelhante ao que ocorre no Judiciário), único caminho para estimular a interiorização da assistência com a ida e fixação de médicos em áreas de difícil provimento.


FUNDAMENTAL

A reforma política é fundamental. Nela será possível solucionar de vez algumas questões e avançar em outras, como o financiamento público ou não das campanhas eleitorais, a fidelidade partidária e as eleições distritais mistas para o Parlamento. Com relação ao pacto da responsabilidade fiscal, é decisivo que toda a Federação adira, garantindo-se a redução das despesas públicas e, portanto, mais dinheiro para investimentos do Governo Federal, estados e prefeituras, bem como menor pressão inflacionária.


DECIDIDO

Os 30 anos de instalação do Poder Legislativo Estadual rondoniense será devidamente comemorado e terá como ápice a realização de uma sessão solene no dia 27 de agosto. O presidente da ALE, José Hermínio, entende que a data é das mais importantes na história rondoniense, porque a instalação da Assembleia Legislativa foi um dos marcos da autonomia conquistada pelos rondonienses que são, hoje, senhores de seu destino.


NECESSIDADE

Nos últimos dias, o povo tomou as ruas para demonstrar o seu descontentamento e repúdio a forma como se faz política no Brasil, num profundo questionamento de como as decisões são tomadas, por quem são tomadas e em nome de quem são tomadas. O que está sendo questionado é o nosso sistema político como um todo, que em resumo podemos definir como uma democracia sem povo.

A coluna reafirma sua convicção da necessidade de uma profunda reforma do sistema político, que começa com o fortalecimento da democracia direta e a reforma do sistema eleitoral.

Só faz sentido uma  reforma política que resgate a soberania popular  através do  fortalecimento dos  instrumentos da  democracia direta. Defendemos que o povo tenha o direito de participar diretamente das grandes decisões e não apenas dos momentos eleitorais.

Defendemos  também a necessidade do aperfeiçoamento do nosso sistema de representação, que passa pelo barateamento das campanhas, pelo fim da  influência do poder econômico e pelos mecanismos de  inclusão dos  grupos sub-representados nos espaços de poder.