Em Linhas Gerais: Transposição, a cruel pegadinha para enganar os servidores

Gessi Taborda

Publicada em 14/03/2013 às 04:27:00

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NÃO PERDE TEMPO A novela da transposição foi uma “cascata” vendida aos servidores públicos como redenção para categoria sempre jogada prá escanteio (em todos os governos) por políticos de vários partidos, sempre usando o tema para ganhar votos preciosos desse segmento.

Hoje os servidores do estado estão carecas de saber que a “transposição” é mais uma maldosa pegadinha para enganar aqueles que esperavam melhorar substancialmente, com ela, os estipêndios. Mas disso só falou o senador Ivo Cassol. Já o senador do PMDB, Valdir Raupp, tratou de tirar vantagens dessa “transposição” cheia de malfeitos, tornando-se autor do pedido de urgência na votação da matéria no plenário, com a definição do dia 21, quando essa longa novela poderá ser encerrada com essa apreciação no Senado. Certamente Raupp não deixará de “lembrar” os servidores, “esta decisão de apoio” à categoria. Quem sabe assim os servidores esquecerão que comeram o pão que o diabo amassou quando ele foi governador.

CONVERSA FIADA É uma crueldade a falácia desses burocratas das instituições públicas tentando vender o que sobrou da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em Porto Velho como “complexo ferroviário” capaz de se transformar no grande atrativo turístico da capital. Assim, considerar como “marco” para o desenvolvimento do turismo de Porto Velho o “encontro” entre Francilei Souza (Coordenador Municipal de Turismo) e Beto Bertagna (Superintende do Iphan em Rondônia) só pode ser coisa dos trombeteadores da gestão de Nazif.

Imaginar aquele sítio (onde o prefeito anterior supostamente gastou 18 milhões de reais e praticamente não fez nada) será capaz de atrair turistas nacionais e internacionais é simplesmente mais um anacronismo da gestão pública rondoniense.

É CÔMICO E TRÁGICO É uma crueldade chamar aquilo de complexo turístico. Quem se aventura a ir ao local não terá nada para fazer, a não ser contemplar – sem nenhum conforto – o majestoso Rio Madeira onde hoje, lamentavelmente, nem mais se vê as evoluções dos botos, comuns até à década de 80.

Fora o que ainda resiste à depredação e a ferrugem, a importância daquela praça é servir de marco à coragem daqueles que um dia sonharam em colocar cortando a selva a lendária ferrovia. Pode-se dizer que ali nasceu a concepção da nossa Rondônia atual. Mas isso é muito pouco para fazer daquele local (ainda destroçado) um atrativo para o circuito turístico.
Se pretenderem atrair turistas para a nossa capital, deve difundir, isso sim, o seu lado (ainda) extremamente humano, talvez por se constituir numa sopa caótica de interesses dos aqui chegados (garimpeiros, pecuaristas, aventureiros de toda espécie), numa cidade onde se tem a impressão de uma romaria de vivos misturada à romaria dos vivaldinos”.

ELAS MERECEM Toda criança merece carinho, respeito, educação, e investimento do governo. E todo governo (estadual e municipal) durante suas campanhas prometeram criar dezenas de creches para cuidar de nossa infância mais carente. E vocês, leitores, sabem se essa promessa foi resgatada? Afinal, quem sabe onde estão as novas creches tão prometidas pelos governantes. Como a coluna não conseguiu descobrir nenhuma, os leitores são convidados a nos informar se elas existem ou se continua o eterno capítulo que ninguém sabe e ninguém viu.

QUEM, CARA-PÁLIDA É mesmo coisa de Macunaíma. Ontem, 15 horas, segundo release da prefeitura, deu-se início à definição de “metas e ações” (?) do conselho municipal de cultura (ué! E existe?) para esse ano. E o papo rolou aonde? No “Teatro Banzeiros” (Eta nominho horrível para um teatro sô!).

Ora, sejamos realistas: Vivemos numa capital onde a cultura somente se dá em mesas de poucos botequins. No mais só baladas. A casa de cultura (oficial) não passa de um túmulo para atividades da verdadeira cultura enquanto serve de cabide de empregos preferido, segundo se ouve pelas quebradas, de muitas almas penadas acostumadas a se materializar no dia de receber o pagamento.

FORA DO CONTEXTO Toda capital que se preza conta com importantes centros culturais públicos e de instituições privadas. E, graças aos nossos atuantes políticos e eficientes gestores públicos, Porto Velho está excluída desse contexto. Quem é Jória Lima, que importância tem na cultura do capital, do estado ou de Rondônia. Que credenciais apresentou para ganhar o bem pago cargo de presidente da (a)fundação cultural da capital rondoniense?

Nessa lenga-lenga o Judilson Dias, apresentado como agitador-cultural (?) – desbancou o Maracanã – disse um frase lapidar: “Precisamos nos mobilizar e, principalmente, nos organizar para que o meio cultural de Porto Velho estabeleça seu espaço político”.

Embatucou geral! Será o que esse “agitador” (??) pretendeu falar com pensamento tão sorumbático? E a vanguarda da cultura, da inteligentsia portovelhense vai apenas ver a banda (que também não existe mais) passar.