Em Linhas Gerais: Uma homenagem a Porto Velho, a capital centenária, nossa hospitaleira cidade dos sonhos

Gessi Taborda

Publicada em 01 de October de 2014 às 10:26:00

[email protected]

ODE À CIDADE CENTENÁRIA

Porto Velho, cidade centenária surgida neste fundo sombrio da verde tez da floresta, rodeada de crespa sombra, e águas ilimitadas do valoroso Rio Madeira, onde a primavera é aquela semelhante à do planeta selvagem. Porto Velho quantas coisas tenho para lhe dizer, nesse momento em que atinges seu primeiro centenário.
Esse é o tempo de tocar-lhe o coração. De empunhar a tua bandeira. De desejar que as sonhadas transformações se concretizem.

Que o perfume do teu povo, da parte mais simples agregue ao teu diadema, numa ternura que garantirá para o próximo centenário, a concretização da cidade a se transformar na capital da alegria para todos os seus filhos, e não somente para alguns, como hoje se vê nesse seu primeiro centenário.

Nesse momento em que me faço seu poeta, nesse exato momento em que coincidentemente também são convocados os teus para o exercício do voto, urge sacudir teus filhos.

É hora de deixar o torpor e a preguiça para consumar sua construção, costurar o teu progresso, realizar transformações.
Chego agora com a minha lira, cantando no teu perfume e na tua cintura do incomparável Madeira, querendo ver seus governantes marcando tua história, não com essas festinhas mambembes, mas com realizações de grandezas para garantir dias melhores e mostrar que, finalmente, se transformaram em homens de muito amor por você, cidade centenária, com garras para antecipar a glória de que tens direito a alcançar.

Oh cidade centenária. É tempo de reescrever sua história. A história da bravura de tanta gente que derramou aqui, nos trilhos de sua maior realização, sangue e lágrimas.

Se não for com o ouro de suas entranhas, que seja com os diamantes que a natureza incrustou no teu solo pleno de riquezas.

É tempo de passar o apagador no espelho turvo de suas águas e fazer nascer aurora brilhante que teu povo sonha e deseja a tanto tempo.

É tempo de cobrar de seus administradores que acionem, e já, a mola propulsora do progresso! Que fechem as velhas catacumbas e abram túneis libertando as luzes da terra determinada ao sucesso, à grandeza capaz de orgulhar uma nação.

Nossa centenária capital é a terra por onde brotam as mulheres bonitas, as riquezas de todo dias que garantem a mesa farta das pessoas de sangue bom.

Queremos essa cidade decorada com o verde da arborização arrancada pela insanidade dos homens. É o retorno esperado por sua gente, das seguidas alvoradas dos pássaros que cantam saudando um novo dia.
E se não somos gratos aos burgomestres que tantos prejuízos e agressões praticaram contra essa terra dadivosa, somos gratos a essa cidade centenária pelas belezas naturais que aí estão resistindo à falta de desvelo daqueles que pilotam sua nau.

Cidade de sonhos, hospitaleira, que tanto amamos: Em breve serás bem maior, mais cosmopolita, mais envaidecida de suas conquistas cantadas por novos menestréis. Não sou grileiro e nem profeta. Neste momento sou apenas um amante devotado, sou apenas o teu poeta.

DECISÃO NA HORA H

Na próxima segunda-feira já se deve saber quem estará eleito e quem engrossará a fila dos derrotados. Muitos dos candidatos aos cargos proporcionais imaginam que o resultado já é mais ou menos conhecido em função das várias pesquisas eleitorais. As pesquisas não antecipam qual será o resultado, principalmente na disputa proporcional, quase sempre decidida de ultima hora. Não é impossível que seja eleito alguém que não pontuou nas tais pesquisas.

CORAGEM DOS ELEITOS

A nova formação do governo e Legislativo certamente impõe mais do que os requisitos básicos da honestidade e dedicação ao bem comum. A gente escreveu muito aqui, nesse período, sobre a responsabilidade do eleitor ao votar. Porém, pouco se diz a respeito dos deveres e responsabilidades comuns a todos os que forem eleitos.

A responsabilidade dos eleitos situa-se também na visão de que não é mais possível que cada político pense apenas no período do seu mandato. O que a sociedade espera é a conduta de estadista pelos que ocuparem os cargos públicos, sem exceção.

EXECUTIVO ENDIVIDADO

A expectativa está no fato de que a sociedade demanda e merece a coragem dos eleitos de realizarem as reformas e ajustes de que o país e o estado de Rondônia precisam com urgência.

Em Rondônia, assumir um Executivo endividado e deficitário requer atitude e coragem para reordenar a governança, e não cair no simplismo de colocar o lixo embaixo do tapete. Há, por resultado direto, a carência de investimentos na infraestrutura, o que aumenta o “Custo RO” e criar enormes barreiras para captar investimentos produtivos nos segmentos da iniciativa privada.

PRONUNCIAMENTOS
Quem acompanhou os pronunciamentos dos candidatos e os programas do horário político eleitoral constata que proliferam termos como mudança, esperança, renovação, conquistas, continuidade.
Palavras agradáveis aos ouvidos, porém vazias, sem conteúdo, pois são generalizantes. Carecem de compromisso claro, de projetos, de plano de ação, de programas de curto, médio e longo prazos. Política não é retórica. É a arte e a capacidade de governar, de estabelecer prioridades.
Que os políticos rondonienses escolhidos pelo povão nas urnas desse ano tenha a coragem de assumir posição consentânea com a aspiração popular. Que não tenha só discurso, mas também prática.

PUXANDO BRASA

É o velho ditado “cada um puxando brasa para sua sardinha”. Se todo mundo está metendo a mão, através da corrupção, malversação do dinheiro público, propinas e todo tipo de falcatrua para ganhar dinheiro, então vamos pegar o famoso “trem da alegria”. Dar auxílio-moradia a quem já ganha muito bem? Isso deveria ser concedido a quem não tem salário para ter uma casa própria. Auxiliar quem tem possibilidade de se manter muito bem com o dinheiro de quem não consegue se manter é ridículo!


CONSELHOS OU INTERNET?
Tomara que o candidato que chegar ao governo de Rondônia acabe com esse verdadeiro truque de madame que são os conselhos. Conselhos só servem para engessar e dar um ar democrático, mas no fim nada funciona. É preciso que se tenha um plano de governo objetivo e que se cumpra realmente o que está nele escrito. Para haver participação popular, são positivas as audiências públicas para prestações de contas e a disponibilização de tudo na internet. Um canal on-line para as demandas da população também é importante.