Carlos Magno da Rocha, da Embrapa Pesca e Aquicultura, fala durante seminário na Fiero

A piscicultura é uma das alternativas mais rentáveis para a agricultura familiar e tem sido vista com bons olhos pela Federação das Indústrias do Estrado de Rondônia. A afirmação é do presidente Marcelo Thomé, que na tarde desta quinta-feira (25 de junho) assistiu com o vice-governador Daniel Pereira, dentre outros convidados, a apresentação do professor e chefe geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno Gomes da Rocha.

Criada em agosto de 2009, a Embrapa Pesca e Aquicultura está entre as mais jovens Unidades Descentralizadas de Pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Instalada em Palmas (TO), a Unidade foi projetada para operar com cerca de 90 empregados e possui a missão nacional de gerar conhecimento e tecnologias para a pesca e aquicultura e de atuar regionalmente desenvolvendo soluções para a produção agrícola em sistemas integrados.

O encontro teve o principal objetivo de mostrar a importância e as potencialidades da piscicultura e ao mesmo tempo buscar parceria com a Fiero e o governo estadual para a realização em Rondônia do 5º Congresso Nacional de Piscicultura em Porto Velho. Rocha explicou que o intuito do congresso é integrar especialistas regionais para intercâmbio de informações e experiências e abordar temas atuais de pesquisa e tecnologias em piscicultura.

O presidente da Fiero reiterou que toda e qualquer proposta, devidamente estruturada, que venha a desenvolver arranjos produtivos, como a da piscicultura, cujo potencial no estado é enorme, sem dúvida vai contar com a cooperação da Federação das Indústrias.

Thomé disse ainda que para o avanço deste setor, cuja capacidade de crescimento está aliada às características hidrológicas e ambientais do estado, em meu ponto de vista, “é necessário planejamento adequado do processo como o todo, em especial dos mercados consumidores, pois não adianta fomentar o investimento na produção, no processamento do pescado, sem que tenhamos condições logísticas e mercadológicas, para fecharmos o ciclo deste arranjo produtivo” argumentou.

O vice-governador Daniel Pereira ressaltou com investimento e tecnologia e principalmente com a realização deste evento, Rondônia poderá convidar não apenas os pensadores, mas os consumidores deste segmento e como será possível expandir ainda mais a produção para níveis inimagináveis. “A perspectiva com relação à piscicultura no estado é positiva e temos condições de produzir em abundância em Rondônia e em todos os estados amazônicos”, destacou.

Sobre a parceria para a realização do seminário, Pereira falou que foi realizada uma reunião preliminar e na sequência, a pauta foi trazida para discussão na Fiero. “O projeto vai ser elaborado pelo setor de piscicultura em Rondônia e depois passará pela Secretaria de Planejamento, para Secretaria de Agricultura, para buscar parceiros, como a Federação das Indústrias, e de outras instituições ligadas ao setor produtivo local para conseguirmos os recursos”, explicou.

Carlos Araújo