Empresa que teria incinerado suposto corpo de bebê divulga nota e questiona inquérito da Polícia Civil

A própria polícia civil foi “in loco” à Amazon Fort, onde são incinerados os lixos, e verificou que não havia veracidade na denúncia sobre um crânio de um bebê em suas dependências.

Publicada em 28 de November de 2014 às 11:56:00

Diante das informações divulgadas nos meios de comunicação de que o corpo do bebê Nicolas Naitz Silva foi incinerado, a empresa Amazon Fort Soluções Ambientais vem a público esclarecer que o papel dos seus profissionais na terceirização dos serviços de coleta de lixos hospitalares é retirar o lixo coletado pelo próprio hospital, não tendo a responsabilidade do material que está sendo descartado.

Além disso, o material coletado tem caráter infeccioso, não podendo qualquer dos funcionários ter acesso aos materiais coletados de forma direta, por garantia à sua própria saúde.

A empresa zela por um serviço de excelência e ressalta os serviços prestados nos demais hospitais da capital.
Quanto aos fatos alegados no último dia 25/11, a assessoria jurídica, após ter acesso aos autos do Inquérito Policial nº 40/2014 – DPCAA, informa que não existem provas contundentes para se chegar a posição externada pelo Delegado de Polícia – o inquérito ainda não foi finalizado - e apresenta alguns questionamentos que precisam ser esclarecidos para ser ter convencimento sobre o caso, a saber:

De acordo com o inquérito policial, a enfermeira do Hospital Regina Pacis colocou o corpo do recém – nascido na câmara fria dentro do necrotério e o agente coletor da Amazon Fort recolheu apenas o material autorizado que estava fora da câmara fria.
Um dos assessores do Hospital do Hospital de Base, Raimundo Acácio, confirma em depoimento que abriu a câmara fria e constatou um embrulho.

Porém, o material recolhido nesta data pela empresa foi apenas um membro inferior de uma senhora de setenta anos e um aborto de 150 gramas aproximadamente, ambos etiquetados e identificados, envolvidos por um invólucro (saco), de cor cinza não transparente – o que impede a visualização de seu conteúdo, e este já sai do centro cirúrgico nesses moldes.
Consta também no inquérito, que foi um agente funerário – Leonardo Cristiano - que percebeu que não havia o corpo do bebê no necrotério, apenas tendo um lençol enrolado, dentro da câmara fria, porém sem o corpo.

Sobre o fato de que havia ocorrido um tumulto diante da possibilidade de existência de um corpo de um bebê nas dependências da empresa e do suposto crânio após a incineração, vale dizer que a diretoria da empresa só tomou conhecimento do fato dois meses depois, e, por meio da mídia.

A testemunha que deu entrevista à imprensa sem se identificar foi ouvida no inquérito somente depois da reportagem e disse que o saco, onde existia o suposto corpo, era transparente, no qual daria para ver um embrulho feito por lençol – essa informação é questionável já que o lençol está sob o poder das autoridades policiais.

A própria polícia civil foi “in loco” à Amazon Fort, onde são incinerados os lixos, e verificou que não havia veracidade na denúncia sobre um crânio de um bebê em suas dependências, não constatando qualquer indício do alegado.
Quanto à reportagem dada pelo novo Delegado do caso, onde afirma que será indiciado dois funcionários da empresa por ocultação de cadáver, a assessoria jurídica tomará as medidas necessárias após a conclusão do inquérito, tendo em vista que ainda não foi finalizado.

Reiteramos os esforços a fim de que haja um desfecho do caso, respeitando a dor da família, e o trabalho realizado pelas autoridades de forma responsável e com a competência que se espera de nossas Instituições Policiais.
Portanto, a Amazon Fort está à disposição para colaborar no que for preciso para esclarecer os fatos que vinculam a empresa e seus funcionários sobre o caso, respeitando as opiniões desde que estejam arrazoadas com o apresentado no inquérito, não concordando com práticas sensacionalistas ou direcionamentos tendenciosos a fim de prejudicar pessoas, e, acima de tudo, a verdade.