Engenheiro assume homicídio, dá sua versão do crime e é liberado em Vilhena
Agrônomo explicou desavença em compra de terras .
O FOLHA DO SUL ON LINE teve acesso ao depoimento do engenheiro agrônomo Sullyvan Lopes Araújo, que se apresentou ontem na DPC de Vilhena e assumiu a autoria do disparo que matou o agricultor Nelson Macedo. Relembre o crime clicando aqui.
Macedo explicou que a motivação da briga entre ele e a vítima foi uma desavença em virtude da área de terras negociada pelos dois. O engenheiro teria comprado parte do sítio pertencente a Macedo nas seguintes condições de pagamento: uma caminhonete Hilux, entregue na hora, mais R$ 20 mil para quitação futura e a construção de um poço artesiano.
Segundo as alegações de Sullyvan, o estopim do desentendimento teria sido a mudança dos marcos de divisa da área, feita pelo vendedor. O depoente teria ido ao local onde Macedo estava gradeando a terra com um trator para se queixar da situação e, conforme contou, foi recebido por ele e seu filho, que mantinha com uma foice na mão.
O acusado diz ter se afastado da dupla, mas como os dois homens avançavam, ele deu o tiro, que atingiu a barriga do mais velho deles. O filho, então, investiu em sua direção com a foice, chegando a lhe causar um ferimento na cabeça.
Depois do ocorrido, relatou o depoente, os filhos de Nelson teriam ido até sua casa e quebrado várias coisas que estavam no interior do imóvel. Também teriam tentado forçar a porta da casa do pai do agrônomo, que mora em Vilhena.
Após a oitiva de Araújo, apresentado na DPC pelos advogados Claudinei Marcon Júnior e José Francisco Cândido, a delegada optou por não pediu sua prisão preventiva, mas alertou para o cuidado com sua segurança, diante dos indícios de que pode haver tentativas de vingança pelo homicídio.
Folha do Sul Online