Exames confirmam que 1,1 mil bois morreram de botulismo em MS

Exames confirmam que 1,1 mil bois morreram de botulismo em propriedade rural localizada no município de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul. Foram encontradas toxinas no alimento dos animais. Além disso, o diagnóstico foi confirmado por investigação clínico-epidemiológica feita no local.

Mariana Tokarnia / Repórter da Agência Brasil
Publicada em 11 de agosto de 2017 às 14:25

Exames confirmam que 1,1 mil bois morreram de botulismo em propriedade rural localizada no município de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul. Foram encontradas toxinas no alimento dos animais. Além disso, o diagnóstico foi confirmado por investigação clínico-epidemiológica feita no local.

As informações estão em nota divulgada hoje (11) pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), por meio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), e pela Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul (SFA/MS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Segundo os órgãos, os primeiros resultados dos ensaios laboratoriais feitos com amostras da silagem de milho, fornecida aos bovinos do confinamento, demonstraram a presença das toxinas botulínicas tipo C e D, confirmando a suspeita inicial do setor de patologia veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. A presença das toxinas e a investigação feita na propriedade "permite a conclusão do caso com o diagnóstico de botulismo", diz a nota.

A notícia da morte dos bois foi dada nesta terça-feira ( 8) , pelo  Iagro. A morte do gado ocorreu na fazenda Mônica Cristina, entre 2 e 5 de agosto. Em nota, os produtores disseram que foram tomadas todas as providências cabíveis, como a convocação de  professores da Universidade do Mato Grosso do Sul para que examinar o rebanho e a agência foi notificada. Os procedimentos recomendados para os animais mortos também foram cumpridos.

O botulismo é uma toxinfecção, ou seja, o animal adquire a doença por meio da ingestão de toxinas produzidas por uma bactéria. A toxina atua na musculatura, impedindo a contração muscular, causando paralisia e levando a morte. Os sintomas aparecem de um a 17 dias após a ingestão do alimento contaminado.

Apesar desse tipo de doença não ser rara entre bovinos confinados, o número chamou atenção nacionalmente. O ministério chegou a enviar equipe de técnicos ao local.

Na nota divulgada hoje, os órgãos estadual e federal explicam que o Clostridium botulinum, bactéria produtora da toxina, está normalmente presente no ambiente e depende de condições favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como matéria orgânica, alta umidade e anaerobiose, "o que pode ser evitado com boas práticas e cuidados na formulação, conservação e armazenamento dos alimentos a serem fornecidos aos animais".

A nota acrescenta que "todos os elos envolvidos na cadeia produtiva têm o dever de notificar imediatamente toda e qualquer suspeita de doenças em animais de produção, para que sejam investigadas, minimizando possíveis prejuízos à pecuária".

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