Expedito quer debater Plano de Educação com educadores

Para candidato tucano, não se pode mais trocar de projetos a cada semestre.

Publicada em 28 de August de 2014 às 16:31:00

A elaboração de um Plano Estadual de Educação, com duração mínima de quatro anos e que contemple metas e custos,  é uma das propostas mais urgentes que o candidato ao governo pela coligação Muda Rondônia, Expedito Junior, quer debater com a categoria dos educadores, cujo diálogo deve ser aberto ainda durante a campanha eleitoral. Depois de ler e analisar detidamente um amplo diagnóstico sobre o setor em Rondônia, Expedito concluiu não ser mais possível “trocar de projeto a cada semestre, com alternativas baseadas em achismos”. Para ele, é possível se planejar a curto e médio prazo, estabelecendo “onde estamos e aonde queremos chegar”.

Ele pretende debater, sobretudo, a condução da Educação. “Essa é uma pasta que de tão importante, deve ser de responsabilidade dos educadores. Não há soluções mágicas nem respostas prontas. Não há jeitinhos nem ‘puxadinhos’. Deve haver o trabalho constante e persistente de enfrentar desafios e encontrar soluções. Sei que temos na Secretaria de Educação do Estado servidores competentes e experientes. Não podemos ficar trocando secretários por conveniência política para agradar aliados ou dar emprego aos amigos e levar a educação pública na base da improvisação”, analisa Expedito.

Na visão do candidato tucano, a Seduc tem que ser uma estrutura administrativa enxuta e profissionalizada. Para isso, diz que é preciso ir à fundo no combate ao desvio de função, mas, sobretudo, oferecer um Plano de Cargos e Carreira que assegure condições de viver com dignidade o presente e de projetar o futuro.

Uma vez que o Brasil alcançou a universalidade do ensino fundamental e praticamente não há m ais crianças fora da escola, a questão atual, segundo o candidato tucano, “é a qualidade do ensino que é oferecido numa época em que a escola tem duas funções: preparar o jovem para o mundo do trabalho e para o exercício da cidadania”.

Uma educação de qualidade, entretanto, é cara, exige capital financeiro e humano, escolas funcionais, ambiente acolhedor e seguro. “É um desafio que não é somente do professor, da escola e do Estado, mas que deve ser compartilhado com a família, com a comunidade e com a sociedade mais ampla”.

De acordo com os números mostrados no diagnóstico, a evasão, o abandono, a repetição e a baixa aprendizagem continuam sendo graves problemas. “De que adianta o jovem frequentar a escola se não terminar o curso ou não aprender?”, observa Expedito.

FORMAÇÃO CONTINUADA
Um dos problemas recorrentes do ensino público, que é a falta de professores nas disciplinas especializadas como matemática, química, física e biologia, segundo Expedito pode ser melhorada por meio do incentivo à formação, com concessão de bolsas a alunos de escolas públicas que cursem estas licenciaturas. “Ao mesmo tempo, a formação continuada dos professores deve ser admitida como uma política de Estado. Há previsão de afastamento para cursar mestrado e doutorado, mas as licenças dificilmente são concedidas”, avalia.

O candidato ao governo disse que o planejamento para a área educacional deverá envolver ainda questões como a educação integral, o transporte escolar e a infraestrutura deficiente de escolas velhas e sucateadas, cujas redes elétricas, hidráulicas e lógicas têm que ser refeitas. Em muitas delas não se consegue instalar ar condicionado nas salas porque a rede elétrica entra em pane.