Falência do Governo: Sete presos de alta periculosidade fogem e falta carro para escolta

Fuga de presos que não acontecia há alguns anos voltou a acontecer, mas foi “abafado” pelo Governo Estadual.

Publicada em 19/09/2012 às 09:53:00

Porto Velho, Rondônia - Agentes penitenciários ligados ao Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários do Estado de Rondônia – Singeperon denunciaram hoje (18) na Assembleia Legislativa o clima de tensão existente no Sistema Penitenciário Estadual, em decorrência da inoperância de gestão na Secretaria Estadual de Justiça. Segundo eles, até fuga de presos que não acontecia há alguns anos voltou a acontecer, mas foi “abafado” pelo Governo Estadual.

Durante relato ao presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Hermínio Coelho (PSD), em audiência nesta terça-feira (18 de setembro), integrantes do Singeperon comunicaram a fuga de sete bandidos (assaltantes e homicidas) de alta periculosidade na semana passada do Presídio Urso Branco.

Foi denunciado ainda por diretores do Singeperon, a gravidade reinante nas unidades prisionais de todo o Estado, notadamente no interior do Estado. Segundo eles, até o momento os presídios de Guajara-Mirim e Nova Mamoré não contam com viatura para se efetivar a escolta de presos. Foi destacada ainda a situação do Presídio Feminino que conta com apenas três agente por turno para a vigilância e controle interno daquela unidade.

O presidente do Singeperon, Anderson da Silva Pereira, reivindicou a intermediação da Assembleia Legislativa no sentido de que seja solucionada a questão do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos – PCCS; o pagamento de risco de vida, e a apresentação de uma emenda constitucional, no sentido de figurar na Constituição Estadual o agente penitenciário também como parte integrante do sistema de segurança pública.

De acordo com os sindicalistas, o sistema prisional pede socorro. Ao final da audiência, o presidente da ALE, deputado Hermínio Coelho disse que lamentavelmente o Governo está arrebentado, quebrado, e não adianta mais conversar com o governador Confúcio Moura, pois é educado, escuta as reivindicações, conversa, filosofa, mas depois fica tudo como antes. O deputado disse que a Assembleia Legislativa está atenta sobre o que vem acontecendo no âmbito do Governo Estadual.

Autor: Paulo Ayres