Governo reúne sindicatos para mostrar números, mas não fala em reajuste

"Entre os sindicalistas, houve consenso de que a realidade econômica do país e os números apresentados (pelo Governo do Estado) são incontestáveis".

Publicada em 05 de March de 2015 às 17:28:00

As informações são do DECOM - Departamento de Comunicação do Governo


Governo de Rondônia e sindicatos representantes de servidores públicos ampliaram nesta quinta-feira (5) as discussões em torno de questões salariais. A conjuntura econômica do país e a situação do estado serviram de base para os debates, que aconteceram no Palácio Getúlio Vargas, em Porto Velho. Ao final da reunião, o vice-governador Daniel Pereira disse que este é o começo de um processo que deverá ser conduzido com diálogo e responsabilidade.

A reunião serviu para mostrar a situação econômica do país e do estado diante das demandas que sindicatos têm apresentado ao governo. Representantes de sete entidades participaram do evento.

O vice-governador Daniel Pereira, que também é sindicalista, abriu a reunião e informou que o governo de Rondônia é transparente na questão das finanças. Ele acrescentou que a proposta da reunião é contribuir para os representantes dos servidores públicos tenham pleno conhecimento do que é possível realizar no momento em que o país inicia um período de crise na economia.

DESAFIO

O desafio de crescer no momento fragilidade econômica marcou o pronunciamento do secretário chefe da Casa Civil, Emerson Castro. Segundo ele, há demandas em comum nos sindicatos e que as soluções devem importar a todos e não a categorias específicas.

Coube aos secretários do Planejamento, Orçamento e Gestão George Braga, e Vagner Garcia de Freitas, de Finanças, a apresentação de um panorama da economia nacional e do estado. Eles deixaram claro que os repasses da União, como o Fundo de Participação dos Estados (FPE), sofrerão cortes em razão dos ajustes feitos pelo governo federal, que precisa reequilibrar as contas.

“Não é possível dissociar Rondônia do país”, destacou o secretário George Braga ao falar sobre a possibilidade do impacto dos ajustes promovidos pelo governo federal nas contas do estado. Ele falou sobre os ajustes feitos pelo governador Confúcio Moura no primeiro mandato e os que precisam ser feitos agora para que o equilíbrio das contas públicas seja mantido. Como exemplo, apontou a extinção de cargos comissionados e detalhou as iniciativas feitas para cumprir o estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal.

GASTOS

Braga também fez referência à reportagem do jornal Folha de São Paulo, que inclui Rondônia entre os poucos estados que fecharam as contas saldo positivo. Segundo o secretário, os critérios utilizados nesta análise não incluem outros fatores que exigem controle para que as contas continuem sendo fechadas no azul. Ele ainda mostrou a evolução dos gastos com a folha de pagamento e concluiu advertindo que os gastos têm que ser contidos.

“A retração da economia do país vai trazer impacto para Rondônia”, advertiu o secretário de Finanças Vagner Freitas. Ele pediu cautela nos gastos e concluiu que, diante do panorama nacional não sente confortável para indicar aumento de gastos ao governo do estado.

Entre os sindicalistas, houve consenso de que a realidade econômica do país e os números apresentados são incontestáveis. Apesar disto, pediram melhorias salariais sob variados formatos. A representante dos professores indicou que há correções que precisam ser feitas em relação aos rendimentos de algumas categorias.

Jales Moreira, do Sindicato dos Policiais Civis, queixou-se de que a categoria reclama por valorização, mas admitiu que não ignora que o quadro é preocupante. Ele afirmou que a entidade está pronta para ajudar e que, ainda assim, espera por melhorias. Paulo Duran, do Sindicato dos Trabalhadores do Executivo, apontou soluções que podem atender as demandas sem contrariar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

COMPROMISSO

Os deputados estaduais Edson Martins, Cleiton Roque e Jesuíno Boabaid também fizeram intervenções apontando para o compromisso com o estado e sociedade. Eles também se colocaram à disposição para atender sindicalistas e o governo para estabelecer o diálogo e buscar soluções para os problemas apresentados.

Participaram da reunião as seguintes entidades: Sindicato dos Trabalhadores do Pode executivo do Estado (Sintraer), Sindicato dos Técnicos Tributários (Sintec), Sindicato dos trabalhadores em Educação (Sintero), Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaude), Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepro) e Associação dos Familiares e Praças da Polícia Militar (Asfapom). Também participou o procurador geral do estado Juraci Jorge.


Decom - Governo de Rondônia