Granelização leiteira superior a 77% valoriza a propriedade rural rondoniense

Revela diagnóstico do Sebrae.

Publicada em 28 de May de 2016 às 09:45:00

Mais de 77% do leite nas propriedades rurais rondonienses são granelizados, revela o Diagnóstico do Agronegócio do Leite e Derivados do Estado de Rondônia, publicado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O documento destaca também programas de ampliação no uso de tanques coletivos. Entre os entrevistados, somente 23% ainda utilizam o velho latão.

O resfriamento do leite no sítio ou na fazenda e a granelização do transporte são atualmente fenômenos irreversíveis, apontam 11 técnicos do Sebrae, Secretaria Estadual de Agricultura e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural trabalharam na pesquisa elaborada pela STG Consultoria em Economia Agrícola Ltda.

Concluída em 2015, a publicação foi distribuída na 5ª Feira Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná. Análise de especialistas considera a granelização um significativo avanço e destaca: “Essa mudança só foi possível devido à influência da indústria no processo. Ao forçar a coleta mais espaçada, com intervalo de 48 horas, os produtores se obrigaram a resfriar o leite na propriedade”.

Conforme o estudo, o leite que chega à plataforma das indústrias do setor é aproveitado da seguinte maneira: 100% do tipo C é pasteurizado; 28.9% produzem manteiga com sal; 94,5% queijo coalho; muçarela, 36.2%; 25.8%, queijo prato; 68% queijo provolone; 83% requeijão remoso; 83% requeijão cremoso.

No item muçarela, Rondônia (36.2%) perde para outros estados (63.8%). Ganha, porém, em queijo coalho e perde no queijo prato, pois em outros estados o percentual de fabricação desse derivado é de 74,2%.

Entre os benefícios diretos associados aos transportadores de leite alinham-se: a redução no tempo de recolha e estabelecimento de horários mais cômodos de trabalho, menor esforço físico e condição menos insalubre e menor distância percorrida por litro de leite transportado.