Duas manifestações na manhã desta quarta-feira, 09 de setembro, trouxeram às ruas os movimentos grevistas da UNIR e do IFRO. De forma coordenada e simultânea ocorreram manifestações de rua em Vilhena e Rolim de Moura e percorreram as principais ruas das duas cidades. Também em Porto Velho, um Ato Público nas escadarias da UNIR-Centro conclamaram os transeuntes a apoiarem os movimentos. Está prevista para amanhã uma manifestação de professores e estudantes do IFRO – Câmpus Calama, em Porto Velho.

O reforço à greve de docentes e técnicos administrativos da UNIR e do IFRO partiu de estudantes vinculados à entidades estudantis e à organizações do Movimento Estudantil. É o caso do MEPR – Movimento Estudantil Popular Revolucionário e do Comando de Greve Estudantil que dirige as manifestações em Porto Velho, Rolim de Moura e Vilhena. Em Rolim de Moura, além do MEPR, participaram representantes do Centro Acadêmico de Pedagogia Walkíria Afonso Costa e do Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (MOCLATE).

VILHENA E ROLIM DE MOURA DENUNCIAM A PÁTRIA EDUCADORA DE DILMA

“Cadê a Pátria Educadora?” estampava uma faixa que puxava o movimento nas ruas centrais de Vilhena. Os manifestantes que se concentraram desde as 08:00 na praça Angelo Spadari, saíram em passeata até o centro da cidade denunciando a intransigência de Dilma Rousseff em não atender os trabalhadores. Os estudantes do Comando de Greve Estudantil questionaram com as palavras de ordem aquilo apresentado como “falácia” e “propaganda mentirosa” do slogam do MEC. “Ô Dilma sua delatora! Não vai passar sua Pátria Educadora!”. A crítica severa denunciou os cortes nas verbas para educação pública, o favorecimento do ensino privado em detrimento do sucateamento do ensino público.

Para Ana Carolina, do Comando de Greve Estudantil do IFRO, além das severas críticas ao governo federal, a luta dos estudantes do Instituto é por mais democracia: “É preciso combater o autoritarismo do Código Disciplinar Discente, que consideramos extremamente autoritário. Outra luta é por eleições diretas nos cargos existentes em cada campus. Se a ideia é democratizar, por que manter cargos de confiança? Pra garantir eleitorado fiel? Troca de favores? Queremos participar desta decisão com os professores”, conclui. Atualmente o SINASEFE-Vilhena tem defendido que todos os cargos de Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão sejam disponibilizados para a consulta à Comunidade.

“Cresce, cresce por todo o Brasil! O Novo Movimento Popular Estudantil”. A palavra de ordem dos estudantes, também foi ouvida em Rolim de Moura, no protesto da manhã deste dia 09 de Setembro. O tom do discurso dos estudantes de História e Pedagogia da UNIR foi o de denunciar os cortes na Educação Superior e a situação calamitosa vivida na Universidade. Tatiane Ricarte, Presidente do Centro Acadêmico de Pedagogia da UNIR, denunciou os cortes no orçamento da Universidade, conclamando os estudantes a desencadearem um amplo movimento em defesa da Universidade Pública: “É preciso que nós, estudantes, professores e técnicos façamos uma campanha em defesa do Ensino Público. O que está ocorrendo hoje é um processo de privatização do Ensino Público nunca visto na história de nosso país. Por isso afirmamos que não passará a Pátria Educadora de Dilma, que beneficia os tubarões do ensino enquanto nossa universidade recebe recursos minguados”.


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SINASEFE
Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica.
Seção Sindical Vilhena - RO