Isonomia do Sintero: "Enfim, uma luz no fim do túnel"

Depois de mais de três anos de suspensão dos pagamentos dos direitos dos servidores que já esperavam há mais de duas décadas, finalmente, o CNJ reviu a ordem e autorizou a continuidade dos pagamentos

Publicada em 23 de October de 2015 às 09:09:00

Carlos Terceiro, de Brasília/DF

O tempo, pra quem espera pela solução de um conflito, parece passar devagar demais, porque a sede de justiça e de eficácia toma conta do sujeito passivo.

Nesse ínterim nem todos conseguem chegar ao fim da luta, mas pra quem sabe e pode esperar o tempo compensa.

Os efeitos de um ato atentatório à dignidade da justiça podem tomar inimagináveis dimensões e a ação da isonomia dos servidores da educação é um grande exemplo dessa situação, porque foram muitos os atropelados pela ambição, fraude, má-fé e ação criminosa de poucos, mas com intensidade capaz de abalar grandes destinos.

Muitas vezes aquela senhora de olhos vendados parece que está em sono profundo, até que, finalmente, ela desperta e de maneira renovada.

Depois de mais de três anos de suspensão dos pagamentos dos direitos dos servidores que já esperavam há mais de duas décadas, finalmente, o Conselho Nacional de Justiça reviu a ordem e autorizou a continuidade dos pagamentos, possibilitando a restituição daquilo que nunca deveria ter sido negado a um povo tão sofrido.
O mesmo Conselho parece estar conseguindo colocar cada qual no seu devido lugar e devolver a todos o que lhes pertence.

Já determinou que a magistrada vítima da fraude perpetrada voltasse a assumir suas funções, já analisou a perícia feita e já traçou as diretrizes para o trabalho que deverá ser realizado.

O atual juiz titular da vara, digno de grandes elogios pelo serviço que vem executando nos autos, com toda dedicação e afinco, está preparado pra assumir o dever de colocar em prática a continuidade da execução, para, enfim, tirar o direito do papel e colocar no bolso de cada sujeito titular do crédito.

A magistrada alvo da ação criminosa se prepara para retornar ao cargo, mas assumindo novas missões.
Os verdadeiros bandidos pagarão por seus atos e pelos danos causados na merecida extensão. Por fim, o Conselho Nacional de Justiça encerrará o capítulo final de uma longa e dolorida história, que passa a ser resgatada, depois de acender a principal luz desse grande túnel, pra trazer brilho, esperança e direitos aos cidadãos que não desistiram e acreditaram na justiça e na verdade, mesmo quando tudo adormecia e se perdia na escuridão.

Agora, para que não fique apenas na retórica, resta apenas pagar o que deve ao servidor, para que enfim, a Justiça trabalhista seja restaurada, afinal, todos tem pressa, só não tem o perverso, que goza com o sofrimento alheio. Vamos senhores, liquidem essa fatura em nome Princípio da Dignidade da Justiça do Trabalho!!!!.