Jurados acolhem tese do MP e condenam a 21 anos de reclusão homem que matou brutalmente zeladora em Corumbiara

Segundo restou apurado, o crime teve motivação passional, pois o réu não aceitou o fim do relacionamento imposto pela vítima.

Publicada em 10 de July de 2014 às 18:10:00

Os jurados do Tribunal do Júri da comarca de Cerejeiras, acolhendo integralmente o sustentado pelo Ministério Público, condenaram, no último dia 3 de julho, Norberto Augusto Soares por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O crime ocorreu na manhã de 17 de julho de 2013, na cidade de Corumbiara, ocasião em que o réu atraiu a vítima Elizângela Maria Campos Perotti para um encontro, em local isolado, e lá chegando a espancou com socos, chutes e pauladas na cabeça, a ponto de arrancar-lhe, ainda viva, todos os cabelos.

Não satisfeito, o réu, aproveitando-se do desmaio da vítima em razão das agressões por ele praticadas, utilizando-se de um estirante de moto, a estrangulou, ocasionando sua morte. Em seguida, embrenhou o corpo na mata, servindo o cadáver como base de uma fogueira formada por madeiras e pneu, usando os cabelos retirados de Elizângela como ignição para atear fogo, tendo a cabeça do cadáver sido parcialmente queimada.

O julgamento iniciou-se na primeira hora da manhã de 3 de julho e terminou por volta das 23 horas do mesmo dia, ficando a acusação a cargo de Marcos Paulo Sampaio Ribeiro da Silva, Promotor de Justiça de Cerejeiras, tendo a defesa sido realizada por três advogados, um de Cerejeiras, outro de Colorado do Oeste e um terceiro vindo de Porto Velho.

Segundo restou apurado, o crime teve motivação passional, pois o réu não aceitou o fim do relacionamento imposto pela vítima, levando-o à prática do homicídio fútil, utilizando-se de asfixia e mediante dissimulação, bem como ocultação do cadáver. O plenário do Tribunal do Júri da comarca de Cerejeiras, já no terceiro julgamento da semana, teve lotação máxima na ocasião, pois a população de Corumbiara compareceu em grande número, dada a repercussão que o crime gerou à época, bem como pelo fato da vítima trabalhar como zeladora da agência do Banco do Brasil da cidade.