Em agosto deste ano, a presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto de lei complementar aprovado pelo Senado que defendia a criação de novos municípios em todo o país. Foi a segunda vez que a presidente vetou a proposta de criação de novas cidades. Dilma alegou que a proposta poderia afetar o equilíbrio fiscal do Brasil. Para o candidato ao Senado pelo
PSD, Moreira Mendes, a atitude de Dilma foi extremamente prejudicial ao povo do Norte do Brasil, além de configurar descumprimento da palavra dada pela presidente da República, já que havia um acordo político para aprovação da proposta.

“O que a presidente da República fez com os estados do norte é um crime de lesa-pátria. Ela não cumpriu o que havia sido acordado, já que fizemos outro projeto, com regras mais rígidas que o anterior, que foi discutido e aprovado com celeridade. E ela vetou novamente. O projeto inteiro. Isso é não valorizar os 25 milhões de brasileiros que moram na Amazônia”, destacou Moreira Mendes.

O candidato ao senado enfatizou que o norte do país tem peculiaridades relativas aos limites territoriais que a diferencia das demais regiões do país. “Aqui nossas dimensões são continentais. Negar a distritos como Extrema e Nova Califórnia, por exemplo - que ficam a mais de 300 km da sede do município - o direito à emancipação é condenar os moradores destes locais ao isolamento político, econômico e social”, observou.

Moreira Mendes ainda reforçou que não haverá impacto nas finanças públicas e nem pulverização de recursos. Segundo ele, se tudo ficar como está é que haverá desperdício de dinheiro, uma vez que os municípios terão áreas que perderão importância econômica quando poderiam ter independência administrativa ao desenvolverem suas potencialidades. “Ao invés disso estes distritos estão fadados à estagnação econômica. Uma das minhas ações iniciais no Senado, logo após me eleger, é me empenhar para derrubar este veto e fazer valer a Lei”.