Neurocirurgia do HB impressiona médicos paulistas

Equipe de São Paulo esteve em Porto Velho para realizar cirurgia e se surpreendeu com a estrutura de neurocirurgia disponível em Rondônia.

Publicada em 25 de May de 2016 às 13:47:00

O Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro recebeu hoje (24/05) uma equipe de neurocirurgiões de São Paulo, que ficaram impressionados com a excelente estrutura do serviço de neurocirurgia pública de Rondônia. Os cirurgiões vieram a convite do INAO (Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental), empresa que presta serviços ao Governo do Estado de Rondônia, com objetivo de promover um intercâmbio profissional entre os médicos dos dois estados.

De acordo com Dr. Bruno Lobo, diretor do INAO, a intenção é trazer a cada dois meses uma equipe de referência em neurocirurgia no Brasil para realizar cirurgias em Rondônia. Desta vez, o chefe da equipe foi o Dr. Feres Chaddad, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio Libanês e Beneficência Portuguesa, em São Paulo. É também professor e chefe do departamento de neurocirurgia vascular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chefe do laboratório de microcirurgia vascular da Unifesp, além de coordenador da neurocirurgia vascular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).

Chaddad realizou uma cirurgia de aneurisma, e disse ter gostado particularmente da estrutura da neurocirurgia do Hospital de Base, e principalmente de como o serviço é gerido no Estado. “É a primeira vez que eu vejo, num hospital público, investimentos que dão prioridade ao material e às condições para o ato operatório com qualidade. A neurocirurgia pública de Rondônia não fica devendo em nada para nenhum serviço de neurocirurgia em São Paulo”, garante ele.

Só no Hospital de Base, o Inao já fez investimentos de mais de R$ 3 milhões em equipamentos de ponta para modernizar as neurocirurgias e garantir mais segurança e precisão aos profissionais, bem como melhores resultados para os pacientes do SUS. Equipamentos como neuronavegador, microscópio cirúrgico, aspirador ultrassônico, drill cirúrgico de alta precisão, dentre outros, estão disponíveis em hospitais públicos de Rondônia, o que é raro mesmo em hospitais particulares em outros estados.

Para Chadadd, o modelo de gestão da neurocirurgia adotado no estado permitiu um nível de investimento único em hospital público, e que poderia ser replicado em outros estados, porque deu muito certo aqui. “É um modelo perfeitamente replicável. Mas é necessário ter bons gestores, que façam uma gestão responsável e com prestação de contas”.

Dr. Feres Chaddad acredita agora que o Estado e o Inao deveriam buscar a especialização das equipes médicas, em que cada uma fique responsável por uma subespecialidade da neurocirurgia e possa se aprofundar e se especializar cada vez mais. “É assim que nós fazemos na Unifesp. Eu sou responsável pela área vascular, outro é especializado em pediatria, tumores, cirurgia de epilepsia, etc. É um caminho que o próprio Inao deve buscar daqui pra frente, porque acaba dando bons resultados”, aconselha.

Uma nova equipe de neurocirurgiões deve visitar o estado em julho, em data ainda a ser confirmada.