Nota de Esclarecimento

Capangas vinculados ao Consórcio Construtor Santo Antônio tentaram expulsar os estudantes do local onde distribuíam os panfletos, que é de circulação pública.

Publicada em 22/03/2011 às 17:55:00

Vimos aqui esclarecer os fatos ocorridos no início da manhã de hoje (22 de março) na entrada do canteiro de obras da UHE Santo Antônio, e desmistificar, desta forma, certas informações equivocadas que vêm sendo veiculadas na imprensa rondoniense.

Durante esta manhã, um conjunto de estudantes da UNIR se dirigiram ao referido local com vistas a distribuir um panfleto onde se presta solidariedade aos trabalhadores da usina de Jirau, que, na última semana, levantaram-se contra as extremas condições de exploração e opressão a que vêm sendo submetidos pelas empresas construtoras dos dois empreendimentos.

No entanto, capangas vinculados ao Consórcio Construtor Santo Antônio tentaram expulsar os estudantes do local onde distribuíam os panfletos, que é de circulação pública. De início, os lacaios do Consórcio agiram com xingamentos e várias provocações e, vendo que os estudantes os ignoravam, trataram de partir para a agressão física. No fim das contas, os estudantes acabaram com várias escoriações, um ficando com um hematoma na cabeça e um outro com marcas da agressão em sua testa.

Na Central de Polícia, para onde os estudantes foram prestar depoimento a respeito do ocorrido, os provocadores ainda fizeram-se de vítimas do ocorrido, dizendo que os estudantes é que os haviam atacado. Cabe destacar também que estes estudantes não foram detidos, tal como expôs um famoso jornal eletrônico rondoniense na data de hoje.

Destacamos também o papel que a central sindical CUT e o sindicato STICCERO têm tido neste processo, ao se fazer efetivamente presentes diante dos trabalhadores das usinas apenas em situações extremas como as quem têm ocorrido nestes últimos dias. Atitudes como esta não refletem entidades que representem efetivamente estes trabalhadores, mas sim entidades oportunistas que buscam utilizar o suor e o sangue derramados pelos bravos operários das usinas para promover seus interesses político-partidários diante do povo rondoniense.

Por fim, conclamamos a todas as pessoas e entidades honestas e democráticas a se fazerem presentes nesta situação, prestando todo o apoio tanto aos operários das usinas quanto àqueles que buscam apoiá-los em suas lutas.

A LUTA POR DIREITOS NÃO É CRIME!

Porto Velho, 22 de março de 2011.


Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UNIR
Gestão Tempestade e Ímpeto