O cúmulo da estupidez

Valdemir Caldas

Publicada em 29/08/2012 às 13:21:00

Antes de passar o comando do estado de Rondônia para o atual governador Confúcio Moura, o hoje senador Ivo Cassol fez de tudo para eleger seu vice João Cahulla.

Cassol percorreu os quatro cantos do interior, participou de reuniões com os mais diferentes segmentos da sociedade, de caminhadas, de programas eleitorais, enfim, fez o que deveria fazer um dirigente que pretende emplacar seu sucessor.

Fala-se, inclusive, que teria mandado colocar comissionados nas ruas para pedirem votos para seu candidato. O problema é que Cahulla é muito ruim de voto. Hoje, Cassol tem consciência de que fez uma péssima escolha. Por isso, pagou um preço muito elevado.

Com um adversário da estirpe de Cahulla, o resultado não poderia ter sido diferente, ou seja, Confúcio fez barba, bigode e cabelo, para desespero de Cassol, que viu seu esforço pessoal redundar em nada, por conta de sua arrogância, que preferiu apostar num candidato neófito, sem as mínimas condições de competir em pé de igualdade com o seu adversário.

Até hoje, Cahulla acredita que os votos que o levaram para um segundo são dele. Coitado! Foram os que Cassol conseguiu transferir, à exceção, é claro, dos votos de parentes e amigos seus.

Só o prefeito Roberto Sobrinho é que não quer, mesmo, fazer sua sucessora. Caso contrário, já teria arregaçado as mangas e mergulhado de cabeça na campanha da ex-senadora e candidata do PT, Fátima Cleide.

A estupidez, alguém já disse, coloca-se na primeira fila para ser vista; enquanto a inteligência coloca-se na retaguarda para ver. Por causa de sua estupidez, de sua conduta pueril, típica de menino birrento, Sobrinho corre o sério risco de passar o bastão do município de Porto Velho para um dos aliados de Cassol, arquiinimigo do PT.

Refutar a candidatura de uma colega, por causa de picuinhas partidárias, é o cúmulo da estupidez. Para quem deseja disputar o governo do estado, como Sobrinho, melhor seria ter uma aliada na prefeitura da capital. Por isso, manda o bom senso colocar de lado as divergências pessoais e abraçar a candidatura de sua companheira de partido, para, depois, não ter que chorar sobre o leite derramado.