Pai de aluna do IFRO critica ocupação em Vilhena e diz que minoria impõe censura aos outros 

Jovino também criticou direção por suspender transporte escolar.

Publicada em 22 de October de 2016 às 10:41:00

 

 

Pai de uma aluna do campus do IFRO em Vilhena, o jornalista e servidor José Valdenir Jovino esteve hoje na redação do FOLHA DO SUL ON LINE e disse ter ouvido de estudantes que há professores da instituição federal  incentivando a ocupação do local.

O comunicador explicou que, ao contrário do que tem sido divulgado, os estudantes que tomaram as instalações desde ontem não são a maioria dos alunos. “Na verdade, o próprio IFRO reconhece que os estudantes que querem assistir as aulas são a maioria”.

Com base no depoimento de sua própria filha, Jovino diz que as lideranças da ocupação estão impondo censura a quem é contra o ato. “Durante as assembléias, quem discorda da manifestação é proibido de se expressar”, diz, acrescentando que tal atitude acaba fazendo parecer que os pró-ocupação estão em maior número do que os contrários ao movimento. “E isso não é verdade”.

O servidor aponta o que seria uma falha da direção do IFRO, que após ocupação enviou ofício à empresa que transporta os alunos avisando que não haveria aulas nesta sexta-feira, 21. “O pior é que os estudantes nem foram avisados e ficaram nos pontos esperando a condução”.

Também contrário à PEC 241, o principal motivo alegado pelos líderes da ocupação para deflagrar o protesto, Jovino esclarece que tal movimento prejudica os alunos do 3º e 4º anos, que ficarão atrasados na conclusão dos cursos. “Muitos deles sonham com um curso superior através do ENEM, mas de que adianta ser aprovado e não ter o certificado de conclusão do curso antes das matrículas nas faculdades?”, questiona o denunciante.


Fonte: Folha do Sul