Pai de aluna do IFRO critica ocupação em Vilhena e diz que minoria impõe censura aos outros
Jovino também criticou direção por suspender transporte escolar.
Pai de uma aluna do campus do IFRO em Vilhena, o jornalista e servidor José Valdenir Jovino esteve hoje na redação do FOLHA DO SUL ON LINE e disse ter ouvido de estudantes que há professores da instituição federal incentivando a ocupação do local.
O comunicador explicou que, ao contrário do que tem sido divulgado, os estudantes que tomaram as instalações desde ontem não são a maioria dos alunos. “Na verdade, o próprio IFRO reconhece que os estudantes que querem assistir as aulas são a maioria”.
Com base no depoimento de sua própria filha, Jovino diz que as lideranças da ocupação estão impondo censura a quem é contra o ato. “Durante as assembléias, quem discorda da manifestação é proibido de se expressar”, diz, acrescentando que tal atitude acaba fazendo parecer que os pró-ocupação estão em maior número do que os contrários ao movimento. “E isso não é verdade”.
O servidor aponta o que seria uma falha da direção do IFRO, que após ocupação enviou ofício à empresa que transporta os alunos avisando que não haveria aulas nesta sexta-feira, 21. “O pior é que os estudantes nem foram avisados e ficaram nos pontos esperando a condução”.
Também contrário à PEC 241, o principal motivo alegado pelos líderes da ocupação para deflagrar o protesto, Jovino esclarece que tal movimento prejudica os alunos do 3º e 4º anos, que ficarão atrasados na conclusão dos cursos. “Muitos deles sonham com um curso superior através do ENEM, mas de que adianta ser aprovado e não ter o certificado de conclusão do curso antes das matrículas nas faculdades?”, questiona o denunciante.
Fonte: Folha do Sul