Um ex-senador rondoniense foi cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico e compra de votos na eleição de 2006. Mesmo assim, há quem nada veja de mal nisso e ainda defenda sua candidatura ao governo de Rondônia.

Acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude e formação de quadrilha, um deputado federal rondoniense ganhou novo mandato em 2010 , mesmo assim, teria lugar garantido na Câmara, a partir de janeiro de 2015.

Depois de ter sido preso pela Polícia Federal, sob a acusação de desvio de recursos públicos, em 2006, um ex-chefe da Casa Civil do governo de Rondônia foi brindado com o mandato de deputado federal.  Ele também seria reeleito para a Câmara federal.

José de Abreu Bianco está na política há mais de trinta anos. Foi deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, prefeito de Ji-Paraná por duas vezes, senador e governador.

Nesse período, não se tem noticia de que tenha metido à mão na cumbuca do erário, embora pessoa de sua inteira confiança, desde os tempos da ALE/RO, tenha recentemente frequentado os registros policiais, mas não é justo imputar-lhe qualquer responsabilidade, pois, como costuma dizer aquele senador, cada um responde pelo seu CPF.

Em ano eleitoral, não são poucos os que apostariam todas as suas fichas numa eventual candidatura de José Bianco à sucessão do governador Confúcio Moura, mas muitos preferem se recordar dele como o carrasco que soltou a corta da guilhotina responsável pela decapitaçãode dez mil servidores estaduais, sem, contudo, reconhecer-lhe nenhum mérito.

Não tenho procuração (nem pretendo) para defender José Bianco. Igualmente não votaria nele caso resolvesse disputar o governo de Rondônia, em outubro próximo. Mas por que só Bianco é execrado, sem nunca haver sido acusado de praticar nenhuma patifaria em mais de três décadas de vida pública, enquanto conhecidos ladravazes do erário rondoniense são endeusados?