Presidente a Fhemeron nega comercialização de sangue em Rondônia

Médico afirma que donos de hospitais tinham sido comunicados sobre cobrança de taxa.

Publicada em 30 de June de 2015 às 08:16:00

Paulo Ayres



O presidente da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), médico Orlando Ramires, disse hoje (29), durante audiência pública na Assembleia Legislativa, convocada para debater a cobrança e taxas para fornecimento de hemocomponentes e hemoderivados aos hospitais da rede privada do Estado, que não procede a notícia de que esteja ocorrendo negociação com o sangue doado em Rondônia.

O presidente da Fhemeron, médico Orlando Ramires iniciou seu pronunciamento, destacando que a medida adotada pelo governo do Estado para efetivar a cobrança de hemocomponentes e hemoderivados, que integram a bolsa de sangue, está amplamente amparada em legislação federal.

Declarou o médico Orlando Ramires que os bancos de sangue estaduais, de acordo com a legislação, são constituídos para atender o Sistema Único de Saúde (SUS), e conforme estipula a lei federal, somente o excedente poderá ser fornecido ao setor privado. Segundo ele, os hospitais privados podem implantar seus próprios bancos de sangue.

O médico Orlando Ramires afirmou que em 2013 foram iniciados os entendimentos com a rede privada de hospitais, mas a questão foi sendo proteladas pelos proprietários. Desta forma, disse, houve tempo suficiente para que os hospitais particulares se preparassem, e a tabela em vigor é compatível e apesar de a medida ter sido colocada em prática, não está ocorrendo diminuição do número de doadores de sangue.

Ao concluir, o presidente da Fhemeron disse que a medida foi adotada com razoabilidade e até mesmo foi concedido um prazo de 60 dias para o pagamento do primeiro boleto. “Não estamos negociando sangue, esse termo é muito pesado. O que está sendo cobrado são apenas os insumos contidos nas bolsas de sangue”, argumentou.