Produtor de RO tem até o dia 15 para vacinar rebanho e até o dia 22 para fazer a declaração sob pena de multa

Segundo o gerente de Inspeção de Defesa Sanitária, Fabiano Alexandre dos Santos, os técnicos da Idaron fiscalizam diariamente as empresas que comercializam as doses de vacina.

Publicada em 04 de May de 2015 às 18:47:00

 

Vacinação do gado contra febre aftosa garante qualidade da carne produzida em Rondônia.

Vacinação do gado contra febre aftosa garante qualidade da carne produzida em Rondônia

A campanha de vacinação do rebanho de zero a 24 meses contra a febre aftosa continua até o próximo dia 15 em todo o estado, com a supervisão dos técnicos da Agência de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) em 84 unidades. Por conta desse trabalho realizado duas vezes por ano, desde 1999 o estado não apresenta casos de febre aftosa; e desde 2003 é livre da doença internacionalmente com vacinação.

Segundo o gerente de Inspeção de Defesa Sanitária, Fabiano Alexandre dos Santos, os técnicos da Idaron fiscalizam diariamente as empresas que comercializam as doses de vacina, inspecionando o estoque e forma de armazenamento para garantir a qualidade do produto distribuído e o controle da quantidade de doses, bem como, a correta orientação do produtor para o transporte e armazenamento.

Fabiano dos Santos explicou, que a aproximação da Idaron aos produtores é fundamental, tanto que as 84 unidades do estado são totalmente informatizadas e garantem as informações em tempo real na central em Porto Velho.

A expectativa da Agência é que os produtores não deixem para a última hora a declaração de vacinação, pois se prevê que sejam imunizadas cerca de 5 milhões de cabeças de gado, de zero a 2 anos. O técnico adverte os produtores, que mesmo que a propriedade não tenha animais nesta idade de vacinação a declaração do rebanho é obrigatória junto à Idaron.

O presidente da Agência, José Alfredo Volpi, ressaltou que a vacinação garante a qualidade da carne de Rondônia, que já é o 7º maior rebanho no Brasil e responsável pelo excelente número da exportação no estado. “hoje, 19 países compram carne de Rondônia, por isso nossa responsabilidade só aumenta em manter a sanidade animal”, argumentou.

Por este motivo, a Idaron também mantém anualmente auxílio à Bolívia, na vacinação em pequenas propriedades, criando uma faixa sanitária de 50 quilômetros no território boliviano, com vacinas adquiridas pelo governo do estado e também doadas pelo Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) e particulares.

Essas ações em conjunto permitiram um crescimento de 45% nas exportações de carne, saltando em 2012 de R$ 705 milhões para R$ 1,025 bilhões em 2014, num rebanho que já é o 7º maior do Brasil, com 12,750 milhões de cabeças de gado, segundo dados da última campanha de vacinação.

Em Rondônia, o valor bruto da produção da agropecuária em 2014 somou R$ 6,34 bilhões, entre carne, leite, ovos, milho, soja, feijão, entre outros. Desse total, somente a pecuária representou R$ 4,78 bilhões e a agricultura R$ 1,56 bilhões, somando mais de R$ 20 bilhões produzidos nos últimos 4 anos.

Na exportação de carne os principais mercados consumidores são Egito (36,5%), Hong Kong (26,09%), Venezuela (16,95%), Rússia (13,42%) e outros países somam 7,03%.  A carne, em 2014, sozinha representou 54,9% das exportações de Rondônia e os grãos 27,7%. “Esses dados corroboram o empenho do governo do estado em manter e controlar todo o rebanho para garantir a economia pujante”, garantiu Volpi.

MULTA

Ele reforçou que o produtor que não vacinar o rebanho está sujeito a multa de aproximadamente R$ 130, por cabeça. Se vacinar e não declarar a multa também é de R$ 130, por propriedade.

A próxima campanha de vacinação será de 15 de outubro a 15 de novembro; e a declaração deverá ser feita até o dia 20 de novembro. “A diferença é que na segunda campanha todo o rebanho tem de ser vacinado”, afirmou o presidente da Idaron.


Fonte
Texto: Geovani Berno