Professores fazem rifa, “vaquinha” e contam com contribuição do Sintero e de Jirau para terem transporte escolar na zona rural

A situação está sendo denunciada pelo Sintero ao Ministério Público e aos demais órgãos de controle para que alguma providência seja tomada com urgância.

Assessoria Sintero
Publicada em 17 de maio de 2018 às 16:00
Professores fazem rifa, “vaquinha” e contam com contribuição do Sintero e de Jirau para terem transporte escolar na zona rural

Estudantes, professores, técnicos educacionais e centenas de comunidades dos distritos e da zona rural de Porto Velho estão sendo seriamente prejudicados pela prefeitura de Porto Velho devido à falta de transporte escolar.

A situação está sendo denunciada pelo Sintero ao Ministério Público e aos demais órgãos de controle para que alguma providência seja tomada com urgância.

Nesta semana o Sintero recebeu uma comissão de professores e técnicos de escolas rurais que relataram a situação gravíssima vivida pelas comunidades de Jaci-Paraná, Nova Mutum, escolas municipais do eixo da BR 364 e da zona rural da região. Nessas localidades o transporte escolar está parado há quase um mês .

Na escola estadual Maria de Nazaré, em Jaci-Paraná, está havendo aulas, mas só conta com a frequência dos alunos que moram na sede do distrito. Os estudantes que moram nas linhas rurais não conseguem chegar.

A escola municipal Ernandes Coutinho, no km 67, está sem aulas desde 17 de abril, mesma situação da escola Nossa Senhora de Nazaré, em Nova Mutum.

Diante da impossibilidade dos alunos da zona rural de comparecerem às aulas por quase um mês, a comunidade, em solidariedade aos faltantes, decidiu paralisar as aulas na escola Joaquim Vicente Rondon no dia 15/05.

De acordo com as professoras que estiveram no Sintero, a usina de Jirau doou um microônibus para o transporte dos professores e dos técnicos educacionais, mas o veículo ainda não foi colocado à disposição, e mesmo assim é insuficiente para a demanda.

Enquanto isso os profissionais da educação tiram dinheiro do bolso para pagar van de transporte, e para isso contam com a ajuda do Sintero, cuja despesa é complementada com a venda de rifas e com “vaquinha” entre os usuários, e muitas vezes precisam contam com a boa vontade de motoristas que dão carona.

A presidente do Sintero, Lionilda Simão, disse que a situação do transporte escolar rural em Porto Velho é inaceitável não só na região da BR 364 mas também na zona ribeirinha, onde o transporte fluvial é quase inexistente e por isso muitos alunos deixam de ir à escola. “Estamos vendo uma administração municipal incapaz de gerir a educação na zona rural e na zona ribeirinha. É um caos o que está acontecendo, e os maiores prejudicados são os estudantes, os profissionais da educação e as comunidades que dependem do tansporte escolar”, disse.

Para a Direção do Sintero a situação nunca esteve tão grave e as comunidades rurais não merecem ser abandonadas dessa maneira.

“Essa gestão do prefeito Hildon Chaves já está há quase um ano e meio à frente da prefeitura, mas não consegue colocar ônibus escolares na zona rural nem transporte fluvial para os alunos ribeirinhos. Isso é uma vergonha para a nossa Capital”, disse.

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