Quanto mais há silêncio dos banqueiros, maior é a greve dos bancários

A greve nacional já entra no seu 17º dia e só vem aumentando.

Publicada em 23 de September de 2016 às 09:09:00

Os bancos parecem não perceber um nítido e histórico detalhe que parte em todos os momentos de mobilização dos trabalhadores: quanto mais eles (os banqueiros) tentam ignorar a greve, maior é a adesão dos bancários e maior é o número de unidades fechadas. Isso, consequentemente, reflete diretamente no cotidiano do cidadão em geral, que precisa resolver alguma pendência, mas esbarra com as portas das agências fechadas, dia após dia. Logo, a revolta, que era apenas dos bancários, passa também a ser da população em geral.

Mas nem isso parece demover os representantes patronais do claro objetivo de desvalorizar seus funcionários. A greve nacional já entra no seu 17º dia e só vem aumentando. Um exemplo foi confirmado com os dados da Contraf-CUT de ontem, 16º dia, com 13.398 agências e 40 centros administrativos parados em todo território nacional, cerca de 57% dos locais de trabalho.

Em Rondônia o número de agências fechadas é de 115 de um universo de 130, índice que ultrapassa os 88% de adesão na greve.

"É só mais uma prova de que os bancários não vão recuar e não vão admitir qualquer proposta que não seja decente, que não atenda com justiça às reivindicações da categoria. Os bancos se fazem de surdos, viram as costas para a greve e, claro, para os clientes e usuários dos bancos. E voltamos a dizer que a culpa da greve é só dos bancos, que insistem em não reabrir o diálogo com o Comando Nacional dos Bancários e, pelo menos, agendar uma nova rodada de negociação. Estamos esperando essa iniciativa por parte da Fenaban e, sobretudo, estamos aguardando uma proposta que atenda às nossas reivindicações, pois não existe crise para os bancos e eles podem sim dar um fim a esta greve a hora que quiserem", explica José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

Fonte: SEEB/RO