R$ 23 milhões foram roubados da Saúde no primeiro ano do Governo Confúcio

Diante do quadro de calamidade pública nos hospitais, a única coisa que funcionou de maneira eficiente no Governo Confúcio foi a roubalheira, como demonstram os números escandalosos...

Publicada em 16/10/2012 às 12:47:00

Da reportagem do Tudorondonia

Porto Velho, Rondônia - Até hoje, quase dois anos depois de sua posse, o governador Confúcio Moura (PMDB) não cumpriu nenhuma de suas promessas feitas em campanha em relação à área de saúde. Os doentes continuam jogados no chão do Hospital João Paulo II e  O Hospital de Base funciona precariamente.

Diante deste quadro de calamidade pública, a única coisa que funcionou de maneira eficiente no Governo Confúcio foi a roubalheira, como demonstram os números escandalosos divulgados nesta terça-feira pelo Ministério Público de Rondônia com base em investigações da Controladoria geral da União e Polícia Federal.

No primeiro ano do Governo, segundo levantamentos preliminares, foram roubados pelo menos R$ 23 milhões da área de saúde por meio de vários mecanismos criminosos por uma organização desmontada no ano passado pela Operação Termópilas da Polícia Federal.

Esta organização tinha como cabeça o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia legislativa deRondônia, Valter Araújo (PTB), que está foragido há quase um ano.

O grupo de criminosos era formado por mais de 40 funcionários públicos, inclusive assessores diretos do governador, entre eles um afilhado, que foi preso na residência oficial.

Mas estes números – tanto em relação aos envolvidos quanto em relação ao montante desviado pela quadrilha – podem ser  maiores.

Segundo o procurador geral de Justiça de Rondônia, Heverton Aguiar, por enquanto  foram contabilizados apenas dois terços do montante surrupiado dos cofres públicos. E as investigações continuam.

Dos mais de 40 servidores públicos investigados, 23 respondem a ações penais por participação no esquema.
Entre os mecanismos utilizados para roubar dinheiro da saúde, a organização criminosa superfaturava preços e fraudava licitações. As empresas de limpeza,  então comandadas por Valter Araújo , cobravam dos hospitais pela limpeza de janelas, paredes e até do teto como se fosse do chão.

Segundo o procurador de justiça,  o chefe da organização criminosa, Valter Araújo,  tinha o apoio (“sustentação política”) de sete deputados, que receberam dinheiro (propina) da máfia.