Desde ontem, está concluso para o relator o recurso da ex primeira-dama Rosani Donadon (PMDB), que teve sua candidatura a prefeita indeferida em Vilhena, mas continua na disputa. Isso significa que, a qualquer momento, a matéria pode ser julgada.

O relator da ação no TRE é o juiz Armando Reigota Ferreira Filho, o mesmo que propôs o indeferimento do ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), que ontem teve seu recurso negado por unanimidade. O caso de Rosani, no entanto, não é o mesmo que deixou o petista provisoriamente inelegível.

Embora a decisão da Corte Eleitoral não seja definitiva, uma vez que poderá ser contestada no TSE e no STF, ela deverá ter reflexos diretos na votação em Vilhena.

Aliados de Rosani alegam que, independente do TRE, ela ganhará no voto e, confirmando a vitória, será empossada. Mas mantém a confiança de que a primeira vitória virá da justiça.

Já os partidários de Eduardo Japonês (PV), principal adversários da peemedebista, apostam no desgaste provocado pela manutenção da inelegibilidade. Mas também alegam que vencem no voto.

Como as pesquisas eleitorais também são conflitantes sobre os prognósticos de cada um, fica claro que ambos os lados estão procurando ganhar a briga no grito.

O fato é que o julgamento provoca ansiedade e tensão em Vilhena, pois o resultado dele será explorado à exaustão na cidade. A má notícia para quem espera uma definição é que a Justiça Eleitoral não tem prazo para se manifestar sobre o caso. Ele pode ficar, inclusive, para depois da votação.

Fonte: Folha do Sul