Até onde a memória alcança não me recordo de nenhuma autoridade municipal que tenha sido homenageada pela Câmara de Porto Velho, nos últimos trinta anos, por buscar a excelência na qualidade dos serviços prestados à população.

Descobri, agora, contudo, que essa pessoa existe e comanda a secretaria municipal de saúde (Semusa), desde setembro de 2013. Trata-se do senhor Domingos Sávio, que será agraciado pelo plenário da Câmara, logo mais, a partir das 15h, com uma Moção de Aplauso.

Aristóteles escreveu que “somos o que fazemos repetidamente”. A excelência, portanto, é um hábito, e não um ato. A pessoa pode ser excelente todos os dias, como pai, amigo, profissional, marido. São coisas simples que podem fazer a diferente na vida de cada um.

Já perguntei em artigo anterior e o faço, novamente: por favor, alguém pode me dizer que atitudes concretas o senhor Sávio adotou até hoje, nesses dois anos, cinco meses e três dias, para melhorar os serviços de saúde prestados à população portovelhense, a ponto de transformá-las em hábito e, destarte, merecer o reconhecimento público.

Tem gente que acha que ele merece porque é funcionário antigo da Funasa e sempre ajudou o próximo, mas não diz que ajuda foi essa. Outro, que parece viver no mundo encantado da fantasia, julga-o merecedor do prêmio, dizendo que “Sávio aparelhou os postos de saúde e melhorou o atendimento da rede municipal, acabando com as filas”.

Com certeza, esse cidadão não mora em Porto Velho, ou, então, deve ter um bom plano de saúde. Caso contrário, não falaria tamanha asneira, que beira o ridículo e o caricato mais vulgar. Essa outorga não tem o aval da população, principalmente, daqueles que procuram atendimento médico na rede municipal.