Após denúncia de que feiras livres de Ji-Paraná estavam comercializando verduras e legumes cultivados em horta cercada de esgoto, dentro do regime semi-aberto da Penitenciária Regional Agenor Martins de Carvalho, a Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça de Rondônia (Sejus) abriu sindicância para apurar e tentar responsabilizar os agentes penitenciários pela denúncia.

A revelação foi feita nesta quarta-feira (20) pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira, que classificou como perseguição aos servidores a abertura do procedimento 159/2013/COGER da Corregedoria.

“É um absurdo ver que o Estado acusa e busca responsabilizar servidores pelo fato da sociedade ter tido conhecimento do fato, sendo que, a Direção que autorizou a venda de alimentos cultivados no esgoto, não é foco das investigações”, indagou o presidente do Singeperon.

O secretário municipal de Saúde ,Renato Fuverk, revelou recentemente ,em entrevista ao G1/RO, que uma equipe da vigilância sanitária tentou fazer a inspeção no local, mas foi impedida pela direção do presídio, que afirmou só liberar a vistoria mediante ordem judicial. “Infelizmente eles não permitiram a entrada na unidade para uma inspeção técnica que poderia resolver o problema. Agora o departamento jurídico da prefeitura está tomando as medidas cabíveis para que a vistoria seja feita, uma vez que a denúncia é grave e merece todo o cuidado na averiguação”, declarou Fuverk.

O líder sindical ressaltou que o Singeperon está atento para acompanhar esse trabalho de apuração e evitar que injustiças sejam feitas contra algum agente.

Anderson lembra que toda e qualquer denúncia poderá ser encaminhada ao próprio Sindicato, que tomará as medidas e tornará público seja qual for a irregularidade.

Singeperon