Taboca não atende reivindicações e operários mantém obra do linhão parada pelo segundo dia

O presidente do STICCERO, Raimundo Soares, o Toco, e uma equipe de diretores e assessoria do Sindicato encontram-se no local com um dupla missão.

Publicada em 22 de November de 2013 às 07:47:00

Na madrugada desta sexta-feira (22) os operários da Construtora Taboca que trabalham na obra do linhão na frente de trabalho de Cabixi decidiram manter a paralisação iniciada nesta quinta-feira (21) para garantir o cumprimento das reivindicações sobre vale cesta básica de R$ 250, visita à família a cada três meses (baixada) e plano de assistência médica. Os trabalhadores estão revoltados pois a empresa se recusa a negociar com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (STICCERO) uma solução para o impasse e ainda teria feito ameaças e intimidações aos operários na tentativa de obrigá-los a retornar ao trabalho sem que seja feito um acordo com o Sindicato.

O presidente do STICCERO,  Raimundo Soares, o Toco, e uma equipe de diretores e assessoria do Sindicato encontram-se no local com a dupla missão de orientar os trabalhadores para que o movimento seja pacífico e ordeiro; bem como, para buscar uma negociação com a Construtora Taboca que ponha fim ao impasse e atenda as reivindicações da categoria. Segundo informações repassadas ao STICCERO a Taboca teria assumido mais 100 km de linhão que vinha sendo construído em Rondônia pela Toshiba, o que legítima ainda mais as reivindicações dos operários, pois há muito tempo esta outra construtora firmou acordo coletivo com o Sindicato garantido estes três benefícios.

No primeiro dia de paralisação a Taboca distribuiu cartões referente ao vale cesta básica, informando que a partir da próxima segunda-feira estaria efetuando os créditos; entretanto, não informou qual o valor seria creditado, sendo que os trabalhadores exigem que seja R$ 250,00 retroativos dois meses que é o período que vinha sendo negociado pelo STICCERO este benefício; além disso só aceitam voltar ao trabalho quando este benefício, juntamente com a visita à família e a assistência médica estiverem em um acordo coletivo assinado pela Taboca com o Sindicato, a exemplo do que foi feito na Toshiba que também atua na construção de linhão em Rondônia.

Toco esclarece que a revolta dos trabalhadores é com intransigência da Taboca, que havia se comprometido a assinar um acordo com o Sindicato com estes benefícios; entretanto, está havendo uma demora injustificável, sendo que os trabalhadores que foram demitidos depois das negociações não tiveram esses direitos indenizados. Essas três cláusulas fazem parte de acordos específicos que o STICCERO tem assinado com as empresas responsáveis por grandes obras no Estado, principalmente do PAC, como é o caso da Construtora Toshiba responsável por outro linhão e com a construtora responsável pela construção da ponte do Rio Madeira. "A exemplo das Usinas do Madeira, estes grandes empreendimentos tem condições de oferecer benefícios além da Convenção geral da categoria, equivalente ao que se paga em outros estados", ressalta o sindicalista.

CUT/RO