Tem início a geração comercial da primeira turbina de Jirau

Autorização da ANEEL foi concedida nesta quinta-feira.

Publicada em 05 de September de 2013 às 15:58:00

A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) acaba de receber do Operador Nacional do Sistema (ONS), a Declaração de Atendimento aos Procedimentos de Rede para Operação Comercial Provisória (DAPR – P), referente à primeira unidade geradora, da Usina Hidrelétrica Jirau, em construção no Rio Madeira, em Porto Velho. O documento que permite que a empresa passe a ser remunerada pela energia fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), foi emitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e deverá ser publicado na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (6).

A primeira máquina a operar comercialmente (a Unidade Geradora 29) – de um total de 50 que compõem o projeto, sendo cada uma com capacidade de 75 MW –, situada na Casa de Força da margem esquerda, foi sincronizada ao SIN com sucesso em 17 de agosto e, desde então, já estava operando em regime de teste.

“Conseguimos colocar a primeira unidade em operação comercial no prazo recorde de 34 meses de obra, descontado o período em que a obra ficou paralisada”, comemora o diretor presidente da ESBR, Victor Paranhos.
A ESBR é a empresa responsável pela construção e operação da hidrelétrica, controlada pela GDF SUEZ (60%), Eletrosul (20%) e Chesf (20%). Com uma potência instalada de 3.750 MW, energia suficiente para abastecer a mais de 10 milhões de residências, Jirau é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e a maior usina hidrelétrica do mundo operando com turbinas do tipo bulbo.

A produção de energia está dividida entre duas Casas de Força, sendo uma com 22 máquinas, de origem chinesa (fornecidas pela empresa Dong Fang Electric Corporation – DEC), instalada na margem esquerda do Rio Madeira e a outra com 28 turbinas (de projeto e fabricação nacional, fornecidas pelo Consórcio Fornecedor Jirau – CFJ – composto pelas empresas Alstom, Voith e Andritz), situada na margem direita.

De acordo com o cronograma do empreendimento, serão colocadas em operação entre 06 e 10 unidades geradoras nas duas casas de força ainda neste ano. Segundo o diretor de Operação da ESBR, Isac Teixeira, a energia gerada pela primeira máquina será toda direcionada ao sistema Acre-Rondônia, uma vez que a linha de corrente contínua ainda não foi testada. Quando isso for feito, três linhas de transmissão de 550 kV interligarão Jirau à Subestação Coletora de Porto Velho. A partir de lá, a energia produzida pela Usina será escoada para a região Sudeste por duas linhas de transmissão de corrente contínua, controladas por filtros retificadores, e também poderá abastecer o Sistema Acre-Rondônia, por meio de filtros conversores em configuração back-to-back.