Trabalhadores em educação fazem assembleia quinta-feira e podem deliberar por greve por tempo indeterminado

Na assembleia realizada dia 09 de fevereiro os trabalhadores rejeitaram por unanimidade a proposta do governo e decidiram manter o diálogo apresentando uma última contraproposta.

Publicada em 13/02/2012 às 09:20:00

Os trabalhadores em educação estaduais se reunirão quinta-feira, dia 16 de fevereiro, às 16 horas, em uma nova assembleia extraordinária convocada pelo Sintero.

A assembleia ocorrerá simultaneamente em todas as Regionai s e terá como pauta a avaliação de uma eventual resposta do governo à ultima contraproposta aprovada pela categoria e encaminhada ao governador Confúcio Moura e ao secretário de Estado da Educação Julio Olivar.

Na assembleia realizada dia 09 de fevereiro os trabalhadores rejeitaram por unanimidade a proposta do governo e decidiram manter o diálogo apresentando uma última contraproposta.

No entanto, a maioria das Regionais aprovou greve caso o governo não melhorasse a proposta.
Neste fim de semana o Sintero reuniu em Porto Velho o Sistema Diretivo, formado pelos Diretores Executivos, Diretores Regionais e pelos Conselheiros Fiscais.

O encontro teve como finalidade avaliar as assembleias realizadas na semana anterior e definir estratégias de luta caso a categoria decida entrar em greve por tempo indeterminado.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que a insatisfação dos trabalhadores é muito grande devido a defasagem salarial e a falta de valorização profissional.

A categoria dos trabalhadores em educação é a que possui os mais baixos salários do Poder Executivo, apesar de ser em maior número.

A educação possui aproximadamente 52% do funcionalismo público do governo estadual, mas conta com apenas uma fração dos 25% da arrecadação para pagar salários.
Por isso a direção do Sintero defende o aumento do volume de recursos públicos destinados à educação, permitindo, assim, a melhoria salarial da categoria.

“Enquanto não se aumenta o percentual da educação, o governo pode utilizar recursos próprios para amenizar a situação dos trabalhadores em educação”, disse o presidente do Sintero.

A contraproposta aprovada pelos trabalhadores em educação e enviada ao governo pelo Sintero é o mínimo que a categoria aceitará, e consiste no seguinte:

1. Aumento salarial de 15% no vencimento básico;
2. Aumento de 100% na gratificação de unidade escolar que hoje é de R$ 90,00 para técnicos administrativos, R$ 130,00 para professores em sala de aula e de R$ 150,00 para professores lotados em outros setores das escolas;
3. Envio do Plano de Carreira à Assembleia Legislativa em março;
4. Auxílio alimentação no valor de R$ 250,00;
5. Destinação mensal de R$ 500 mil para pagamento da licença prêmio com critérios a serem definidos pela categoria em assembleia;
6. Garantia do pagamento do auxílio saúde aos aposentados no valor de R$ 150,00.

A direção do Sintero aguarda uma resposta do governo e na quinta-feira apresentará em assembleia o resultado das negociações. Independentemente da resposta às reivindicações, o Sintero encaminhou à Seduc ofício solicitando informações acerca do valor mensal destinado à educação e dos gastos com folha de pagamento.

Autor: Assessoria do Sintero