Venda de veículos em queda: é hora de comprar?
De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda de veículos novos no Brasil subiu 1,9% em julho, em relação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda de veículos novos no Brasil subiu 1,9% em julho, em relação ao mesmo período do ano anterior. Há diversas razões para esse cenário, no entanto, a pergunta é: será que é o momento de comprar um carro?
Por mais que se tenham promoções e a situação econômica apresente melhoras essa pergunta não deve ser respondida apenas com questões momentânea, pois essa deicsão terá reflexo por um longo período de tempo, levando em questão aspectos importantes, que vão muito além do simples valor do automóvel.
Primeiro ponto é que se não for pagar à vista, terá também o valor das parcelas, que não são baixos. Além disso, haverá despesas que pesam muito mais no bolso, como manutenção, combustível, IPVA, seguros, licenciamento, lavagens, estacionamento e possíveis multas.
Fazendo uma conta rápida, o custo médio mensal representa algo em torno de 3% do valor do automóvel. Então, para um veículo popular de R$25 mil, daria R$750 por mês, o que, muitas vezes, é maior do que o valor das parcelas. Sendo assim, para descobrir se o momento é ou não propício, na verdade, é preciso, primeiro, saber qual é a sua situação financeira: endividado, equilibrado financeiramente ou investidor.
Obviamente, não pode nem passar na cabeça dos endividados realizar uma compra desse porte agora. No planejamento financeiro, quitar as dívidas deve ser o foco, enquanto que o desejo de comprar um automóvel deve entrar na lista dossonhos de médio ou longo prazo. Já os equilibrados financeiramente, é preciso ter cautela; não é porque não possuem dívidas que podem sair fazendo esse tipo de compra sem um minucioso planejamento, ainda mais em um momento como o que estamos passando. Qualquer erro pode fazer com que se torne um endividado – ou pior, um inadimplente.
Aos poupadores, a situação é melhor, mas ainda assim aspira cuidados. O questionamento não é mais se tem condição, mas sim se realmente precisa trocar/comprar um carro agora, para não ter despesas provenientes de decisões imediatistas e impulsivas.
Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.
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