Vereadora que denunciou roubalheira na prefeitura de Cacoal precisa completar o serviço, pedindo a abertura de CPI contra o prefeito
Valdemir Caldas
Agiu bem a vereadora petista ao denunciar a roubalheira na prefeitura de Cacoal, embora haja quem pense o contrário, ou seja, que ela deveria ter ficado de bico calado, não ter falado nada à imprensa, limitando-se a discutir o episódio dentro do partido, longe da opinião pública.
A rigor, pode a vereadora avançar mais, no sentido de propor a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para pedir a cassação do Padre Franco. Não haveria qualquer contrassenso na sua atitude, a menos, é claro, que os defensores do prefeito entendam que se deve deixar tudo como está para ver como vai ficar.
A população de Cacoal, que não está alheia aos fatos que envolvem a administração petista, certamente aprovaria a medida. O contrário disso seria a vereadora renunciar aos seus direitos de cidadã, dando, assim, péssimo exemplo aos seus concidadãos.
Afinal, no estado democrático e de direito, cabe ao cidadão cumprir e exigir o cumprimento dos mandamentos legais, levando suas insatisfações aos órgãos e pessoas que o representam. Isso é o que se pode esperar de um autentico cidadão. Jogar a sujeira para debaixo do tapete nunca foi e jamais será a melhor opção.
A essa altura do campeonato, o que mais de ruim poderia acontecer com o PT, cujas principais lideranças estão enroladas até os fios de cabelo com a Justiça, por conta de bandalheiras as mais variadas, que não pudesse ser trazido à luz do sol?
Só se a Polícia Federal chegar ao chefe da quadrilha do petrolão, como ficou nacionalmente conhecido o rombo na Petrobras. Aí, sim, seria o fim da legenda, cuja credibilidade chegou ao fundo do poço.
Mantenha-se firme, vereadora, que não lhe faltarão à solidariedade e o apoio dos que estão com a paciência saturada com tanta patifaria, que vem sendo praticada com o dinheiro público.